Como o marxismo cultural destruiu o Brasil!

Marxismo selvagem: obra expõe revolução cultural em andamento de forma  didática - Terça Livre TV

Durante a década de 1980, os principais desejos da população brasileira eram as “Diretas já” (onde o próprio povo elegeria o Presidente da República) e a chamada redemocratização (isto é, o fim do governo militar). O que muitos, porém, não percebem é que foi a esquerda quem difundiu essas ideias (“Diretas já” e redemocratização). Para a esquerda, o próprio povo é quem deveria escolher seus governantes. Ainda segundo ela, o governo militar representava tortura, violência, repressão, autoritarismo e morte. Então, era preciso que houvesse liberdade (e, portanto, uma mudança de governo). Essas ideias foram o pontapé inicial para que a esquerda começasse, naquela mesma época, a se reerguer aos poucos.

Porém, houve um episódio que, indiretamente, contribuiu muito para acelerar este processo: com a anistia concedida aos “perseguidos” pelo governo militar (estes “perseguidos”, na verdade, eram esquerdistas que se auto exilaram no exterior para não serem presos), houve a tal propagada abertura política com a volta do pluripartidarismo (o que permitiu a criação de vários partidos políticos das mais diversas ideologias, principalmente de centro-esquerda e esquerda). Com isso, alguns partidos de esquerda foram fundados (PDT, PT, PSDB, e muitos outros). Em outras palavras: a esquerda já tinha os ingredientes necessários para estabelecer o seu domínio e se manter enraizada nas estruturas governamentais e institucionais (como permanece até hoje).

Mas como foi que a esquerda obteve este mesmo domínio? De que forma a esquerda conseguiu (e continua conseguindo) se manter influente nos dias atuais? Por que a luta contra a esquerda tem sido cada vez mais difícil? Enfim, por que ainda não está sendo possível, por enquanto, derrotar de vez o poder da esquerda?

Para que possamos responder satisfatoriamente a tais perguntas, é necessário fazer um retrospecto histórico a fim de que saibamos como este processo ocorreu até chegar ao estágio atual. Compreendendo o contexto específico de cada época, é possível estabelecer uma conexão entre os elementos envolvidos em cada momento (e a sua relação com os dias de hoje).

No século XIX, Karl Marx defendia a ideia de que a sociedade capitalista era injusta porque explorava o trabalhador. Era necessário que, através de um processo revolucionário armado, a classe trabalhadora tomasse posse do governo, implantasse uma ditadura do proletariado, e controlasse os meios de produção. E essa ditadura seria uma ponte para uma sociedade que, ao final, seria considerada justa, isto é, sem classes e sem governo (ou, como dizem alguns esquerdistas, “sem oprimidos nem opressores”).

Marx previa que os trabalhadores iriam sofrer tanto debaixo da pressão dos capitalistas que, mais cedo ou mais tarde, haveria tanto conflito a ponto de estourar uma revolta. Uma de suas principais obras (“MANIFESTO COMUNISTA”) termina com uma convocação: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!” Esta mesma frase seria uma espécie de grito de guerra para o início da revolução armada. Acreditava que todos os trabalhadores dos diversos países da Europa iriam se unir contra os capitalistas, impondo uma ditadura do proletariado. Isso, porém, nunca aconteceu efetivamente. Apesar de, muito tempo depois, ter acontecido uma guerra (a Primeira Guerra Mundial), os trabalhadores não se uniram para lutar a favor do proletariado, mas para lutar contra outros trabalhadores.

Depois da Primeira Guerra Mundial, o marxismo estava em plena crise teórica: como foi possível a união dos trabalhadores para atacar outros trabalhadores, buscando defender os interesses de seus patrões? Quem os alienou?

Marx, de certa forma, já havia encontrado a “solução” em uma de suas frases mais conhecidas: “A religião é o ópio do povo”. Entendia que havia um fator cultural que alienava o povo. Porém, não conseguiu elaborar tal pensamento de forma adequada. Mesmo assim, essa constatação de Marx serviu, de certa forma, como ponto de partida para o início do marxismo cultural (até então desconhecido). É dentro do mesmo contexto que entram em cena 2 nomes que foram os pioneiros deste processo: o húngaro George Lukács e o italiano Antônio Gramsci. Ambos tiveram um peso decisivo na propagação (e posterior implementação) do marxismo cultural.

Em alguns de seus escritos, Lukács, afirmou, num primeiro momento, que seria mais fácil tentar convencer uma pessoa do que querer dominá-la fisicamente. Para ele, a pessoa dominada quase sempre oferece resistência (e, na maioria das vezes, não está disposta a se render ao dominador, nem tampouco ser submissa às vontades deste). As diversas tentativas de se implantar o comunismo-socialismo através das lutas armadas nem sempre eram bem-sucedidas, visto que as pessoas que resistiam (tidas por “rebeldes”) não aceitavam este sistema de governo (e estariam dispostas a lutar, a qualquer custo, contra todo e qualquer tipo de dominação).

Gramsci absorveu esta ideia de Lukács, e foi mais além: os principais obstáculos para a implementação do comunismo-socialismo eram a cultura judaico-cristã, a família, os princípios morais, e a filosofia greco-romana. Ainda segundo Gramsci, tais elementos alienavam as pessoas (impedindo os trabalhadores de lutarem de forma revolucionária). Em virtude disso, era necessário que fossem desconstruídos. Tanto que o próprio Gramsci afirmou:

“O mundo civilizado tem sido saturado com cristianismo por mais de 2.000 anos, e um regime fundado em crenças e valores judaico-cristãos não pode ser derrubado até que suas raízes sejam cortadas.”

A metodologia de Gramsci é composta de 3 etapas interligadas entre si: posse das mentes, controle das massas, e ocupação de espaços. A primeira etapa (a posse das mentes) consiste, por meios legais, no uso de técnicas de convencimento, mensagens subliminares, mudanças de significado, inversões de valores (o certo é errado, o errado é certo), redefinições de determinados conceitos, criação de novos conceitos, relativização moral (imposição do chamado pensamento politicamente correto), e questionamentos. Essa massificação mental é feita de modo que muitos não conseguem perceber que estão sendo enganados.

A segunda etapa (o controle das massas) é o domínio sobre um determinado meio social depois que a posse das mentes já foi consolidada. Na técnica gramsciana, nada pode ser muito explícito. Pelo contrário: tudo deve ser feito disfarçadamente, com o veneno sendo ministrado ao paciente como se fosse o medicamento de sua salvação. Em outras palavras, é necessário, de modo sutil, desconstruir (eufemismo esquerdista para destruir) a mentalidade já alicerçada na cultura judaico-cristã e nos princípios morais.

E a terceira (e última) etapa (ocupação de espaços) significa a infiltração nas instituições após a execução das etapas anteriores. Esta mesma ocupação permite que a tomada do poder (e a consequente implementação do comunismo-socialismo) seja feita sem o uso de violência ou força bruta. Quando todos se derem conta de que foram enganados, será tarde demais para esboçar qualquer reação!

O que Gramsci propõe é desconstruir a cultura em nome da dignidade e da liberdade do homem. Em nome da liberdade, cria-se a ditadura. Em nome dos direitos humanos, cerceiam-se os direitos do homem. Uma coisa é o que o marxismo cultural alardeia, outra coisa é o que ele verdadeiramente busca fazer.

Em nosso país, um exemplo disso é a aprovação do “casamento” homossexual. Tudo foi feito em nome da dignidade humana, pois os homossexuais não podem ser oprimidos, têm direitos, não podem ser vítimas de um olhar preconceituoso. O objetivo, na realidade, é a destruição da família, pois, para o pensamento marxista, a família é um valor burguês, uma desgraça que precisa ser extinta, já que está baseada em elementos que impedem a revolução: a propriedade privada (bens passados para herdeiros, perpetuação da propriedade privada), a opressão patriarcal (o homem é maior do que a mulher, não há igualdade), e a ética cristã. Só como exemplo: numa relação homossexual, existe uma clara afronta à ética cristã, ao patriarcalismo ocidental, e não há herdeiros. A propaganda é a defesa dos direitos dos homossexuais, mas o interesse verdadeiro é a destruição da família. Como o povo, segundo Gramsci, está alienado com um pensamento cristão muito arraigado, é necessário entrar em sua consciência e arrancar à força os valores “burgueses” que impedem a revolução. Mais uma vez, o caminho é olhar para o que é combatido (e não para o que pretensamente é defendido).

Esta introdução buscou colocar uma visão panorâmica do que é o marxismo cultural. Marx quis implantar uma sociedade nova em todo o mundo. Gramsci, por sua vez, mostrou que os meios para tal empreendimento são os culturais, já que as lutas armadas não deram certo. O que Gramsci propõe é a mudança do interior das pessoas, pois somente assim acontecerá verdadeiramente o início da nova sociedade.

No caso do Brasil, como se deu a consolidação do marxismo cultural? Ocorreu, em grande parte, durante o governo militar. Apesar da preocupação com o perigo do comunismo, os militares, indiretamente, colaboraram para que tal processo se expandisse.

Embora o governo militar reprimisse com rigor as manifestações esquerdistas (principalmente as guerrilhas urbanas), esta mesma repressão permitiu o crescimento da cultura comunista no país, pois os militares achavam que o único comunismo que devia ser evitado era o comunismo armado (ou seja, não combateram o comunismo cultural).

Os militares eram liberais e por isso acreditavam que era preciso dar espaço também para a esquerda. Os militares tinham medo de uma possível insurreição armada, dando aos marxistas uma válvula de escape: as universidades. Os espiões nas salas de aula só verificavam se os professores ensinavam algo no que diz respeito à revolta armada. Quando isso era comprovado, o indivíduo era levado para interrogatório e, esporadicamente, torturado. Os militares brasileiros não souberam identificar e combater o marxismo cultural.

Os esquerdistas que fazem a guerra cultural sabem que seu trabalho deve ser feito de forma lenta, gradual, dando a impressão de naturalidade (ou seja, dando a impressão de que a sociedade caminha assim naturalmente). O marxismo cultural, no Brasil, já conseguiu a hegemonia em praticamente todas as instituições. Pela política da ocupação de espaços, já dominaram a classe falante (jornalistas, cineastas, psicólogos, padres, juízes, políticos, escritores) que é formada no pensamento do marxismo cultural. Não existe nenhuma universidade brasileira que seja exceção. Tudo foi feito exatamente como Gramsci ensinou:

“Não tomem quartéis, tomem escolas, igrejas, universidades e instituições; não ataquem blindados, ataquem ideias; não usem a força física, usem a palavra; não assaltem bancos, assaltem redações de jornais e meios de comunicação; não se mostrem violentos, mas sejam sempre dóceis e pacifistas.”

No caso do Brasil, os principais fatores que colaboraram para a proliferação do marxismo cultural foram estes:

1 – A revogação do AI-5 (no governo de Geisel);

2 – A anistia dada aos que se diziam “perseguidos” (na verdade, esquerdistas criminosos). O autor da anistia foi o general Golbery do Couto e Silva;

3 – A abertura política com a volta do pluripartidarismo (permissão para criar vários partidos das mais diversas correntes ideológicas).

Esses 3 fatores, infelizmente, foram cruciais para deixar a esquerda se reerguer.

O governo deveria ter mantido a chamada “linha dura” que tinha contra os esquerdistas, como nos governos de Costa e Silva (de 1967 a 1969) e de Médici (de 1969 a 1974) A tal “linha dura” só funcionou efetivamente quando os militares resolveram agir com rigor ao combater os guerrilheiros esquerdistas. Enquanto mantiveram essa postura, conseguiram, de certa forma, inibir (ou reprimir) muitas das ações desse pessoal. Até aí, os militares merecem nossos aplausos.

O problema foi que essa mesma “linha dura” foi muito condescendente com os esquerdistas “pacíficos”. Deveria ter sido usado o mesmo critério rigoroso com os guerrilheiros: não dar nenhum tipo de espaço, nem permitir propagação (ou divulgação) de nenhum tipo de ideia, ideologia, ou filosofia marxista–leninista–comunista–socialista, nem tampouco permitir publicação de livros ou quaisquer materiais pedagógicos impregnados com essas mesmas ideias, ideologias, e filosofias, não deixar esse pessoal ocupar nenhum cargo em nenhum nível (municipal, estadual, e federal), e nem em nenhum órgão da mídia (rádio, jornal, televisão, etc), nem no nosso sistema educacional, e nem em nenhuma instituição.

O maior erro dos militares foi não ter combatido o marxismo cultural com o mesmo rigor que teve contra os guerrilheiros esquerdistas. Foi como dar um sonífero para um leão: ao invés de matar de vez o leão, o leão ficou apenas adormecido temporariamente (para que, depois que passasse o efeito do sonífero, esse mesmo leão acordasse com força total para atacar). Poderíamos dizer que os militares subestimaram o poder do pessoal da esquerda (ou melhor, não cortaram o mal pela raiz).

Em outras palavras: o erro do governo militar foi ter deixado os esquerdistas “pacíficos” (os que não participavam diretamente das guerrilhas urbanas) totalmente livres. Os militares achavam que estes mesmos esquerdistas “pacíficos” seriam inofensivos. Este erro foi fatal!

Pois foram justamente estes mesmos esquerdistas “pacíficos” que se infiltraram livremente nas escolas, universidades, igrejas, meios de comunicação, órgãos do governo, e demais instituições (e que colaboraram para a propagação do marxismo cultural de Gramsci). E hoje estamos sofrendo na pele as consequências disso!

Com esse ótimo artigo, eu venho aqui dizer a todos (as) que é o ultimo artigo do meu blog. Ele será descontinuado porque simplesmente estou desanimado para escrever sobre política. Agradeço imensamente aqueles que visitaram meu blog e comentaram ou apenas visitaram. Foi uma experiencia muito interessante, mas que chegou ao seu fim.

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