UDN entrega convite a Bolsonaro e diz que “PSL não é de direita”

O ativista de direita Marco Vicenzo  disse nesta quarta-feira (9) que quer  trazer de volta ao cenário político brasileiro a União Democrática Nacional (UDN), partido extinto após o início da Ditadura Militar em 1964. Para isso, ele foi ao Palácio do Planalto na semana passada entregar, por meio de assessores palacianos, convite para que o presidente Jair Bolsonaro se filie à possível futura legenda. Leia a íntegra do convite.

“[A UDN] é um partido originariamente de direita. O PSL nunca foi [de direita] na sua origem estatutária, nem no nome. Se você pegar os documentos, desde o surgimento do partido, não representa a ideologia e o segmento conservador. Agora, com toda essa repercussão de pessoas ligadas à direita, que tenta se tornar ali algo mais à direita, mas não é”, disse Marco ao Congresso em Foco.

O dirigente do partido em formação também busca filiar ministros de Bolsonaro. Marco já foi do PRP, sigla do general Augusto Heleno, comandante do Ministério do Gabinete de Segurança Institucional. O PRP não participou da coligação de Bolsonaro e apoiou Álvaro Dias (Podemos) nas eleições presidenciais de 2018.

“Conversei com algumas pessoas do general Heleno. Seria uma honra. Sergio Moro e Paulo Guedes também seriam uma honra. Heleno hoje está filiado ao PRP, acredito que permaneça, mas teve um problema grande com o partido na época [da eleição], perdeu a oportunidade de ser vice do Bolsonaro. Falta de habilidade do partido. O general Heleno foi convidado a ser vice e quando aceitou chegou a informação no partido depois”, disse o dirigente da UDN.

Marco Vicenzo afirma que não chegou a se reunir com Bolsonaro, mas mantém interlocução com auxiliares próximos do presidente. Em fevereiro, o presidente da UDN se reuniu com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), terceiro filho do mandatário.

“Nunca tentei fazer essa reunião direta, acho que seria um pouco agressivo. Mas enviamos uma carta oficial ao presidente da República apresentando a situação em que o partido se encontra e qual nosso interesse. Eu não posso lhe dizer com quem eu falei, mas todas as informações têm chegado a ele, nosso estatuto, manifesto, programa de governo, toda essa documentação chegou para ele”, disse Marco.

Bolsonaro externou na terça-feira (8) sua insatisfação com o próprio partido. Durante encontro com apoiadores na saída do Palácio do Planalto, o presidente recomendou a um seguidor que esquecesse o PSL e não divulgasse o vídeo que gravou ao seu lado em que exaltava o partido. Bolsonaro explicou que o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), está “queimado pra caramba”.

congressoemfoco.uol.com.br

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