Grupo de Puebla: nova organização de esquerda busca desestabilizar governos latino-americanos

Foto: Wikipedia

Com as derrotas eleitorais dos últimos anos, principalmente com a queda do PT (derrotados na eleição de 2018 para Jair Bolsonaro) e com a quebra da economia venezuelana (que ajudava a abastecer o caixa do Foro de São Paulo através de seu petróleo), o Foro de São Paulo busca reerguer-se com uma nova roupagem: o Grupo de Puebla

Criado no último mês de Julho na cidade de Puebla, México, o grupo é formado por líderes esquerdistas de mais de dez países da América Latina e da Espanha. Entre os fundadores do grupo, destacam-se nomes como os de Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Aloizio Mercadante e (por meio de representantes) Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os estrangeiros, há vários políticos, como o atual candidato presidencial da Argentina, Alberto Fernández, o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, o ex-presidente da Espanha, José Luiz Rodrigues Zapatero, dentre outros.

Com o objetivo de analisar e dirigir as ações políticas da militância, o grupo é o principal apoiador das ondas de protestos violentos  ocorridas neste mês em vários países, como no Chile, no Equador, na Argentina e na Colômbia.

Em nota lançada neste domingo, dia 20, o Grupo de Puebla alega que

“Os governos neoliberais da América Latina mostraram que têm uma capacidade comum: transformar seus países em nações inimigas e governar colocando suas democracias entre parênteses.

Em países como Argentina, Chile, Colômbia e Equador, encontramos um denominador comum: protestos sociais contra medidas de ajuste fiscal e sua criminalização pelas autoridades.”

O local do primeiro encontro do grupo é o mesmo local escolhido para a realização da III Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, no ano de 1979, em que os bispos da CNBB lançaram suas raízes na esfera política do Continente. Neste momento, em que é realizado o Sínodo da Amazônia, há uma forte investida entre os bispos da teologia da libertação e a esquerda política, para desestabilizar os governos não alinhados e fortalecer a agenda globalista na América Latina.

A criação do Grupo de Puebla é uma tentativa de enfrentamento ao Grupo de Lima, que acusou formalmente o Foro de São Paulo. O Grupo nasce logo após  à aprovação de uma resolução, divulgada no dia 23 de setembro, dos ministros das Relações Exteriores dos Estados Partes do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) que reconhece a “ameaça representada pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro à segurança e estabilidade do Hemisfério”.

O objetivo da resolução é “levar os países a investigar e levar à justiça pessoas do governo de Maduro vinculadas à guerrilha ligada ao tráfico de drogas ou terrorismo ou quem for responsável por violações de direitos humanos, corrupção e lavagem de dinheiro […] e evitar que a Venezuela continue sendo território livre para atividades ilícitas e criminosas, que constituem graves ameaças à segurança regional, além de castigo sistemático ao povo venezuelano”, diz a nota sobre a resolução.

A criação do Grupo de Puebla impulsiona a guerra híbrida lançada pela esquerda na América Latina. A Organização do Foro de São Paulo não deixou de existir, apenas criou uma nova frente de ação. Foro de São Paulo e Grupo de Puebla são as duas entidades que comandam a militância esquerdista e pretendem levar o caos aos países onde os governos não estão alinhados à agenda de esquerda.

Ainda neste domingo, dia 20, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, falando em programa de TV estatal e referindo-se aos protestos que ocorrem no continente, declarou para sua militância:

“Foro de São Paulo, posso dizer da Venezuela, que estamos cumprindo o plano vitorioso”

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, exilado nos EUA, divulgou nota no último sábado, dia 19, acusando o Foro de São Paulo de produzir as ações que desencadearam os violentos protestos.

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