É muito bem sabido que toda a carreira política da petista Fátima Bezerra foi dentro dos Sindicatos. Ora, o próprio PT é um partido de origem sindical! Mas o que acontece com a “luta” sindical, quando o patrão é um político lulopetista que está no Governo? A resposta daremos a seguir, desvendando a encenação teatral Governo versus Sindicatos no Estado do Rio Grande do Norte, que está em andamento.
1 – A Governadora Fátima Bezerra dá calote salarial nos servidores públicos e tira direitos adquiridos dos trabalhadores; sucateia os Serviços Públicos sem pena da população – mas diz que tem “diálogo”;
2 – Os Sindicatos emitem declarações inócuas e mobilizam as respectivas categorias para um suposto confronto. É a “luta”;
3 – Os Sindicatos de Servidores Públicos Estaduais foram grandes aliados na campanha eleitoral da Governadora que, sem eles, não teria conseguido ganhar a eleição.
Fátima Bezerra recebe a cúpula Sindicalista lulopetista no seu gabinete, entre risos. Em situações extra-oficiais, eles privam de relações de amizade pessoal há muitos anos. É o “diálogo”;
4 – O Governo Fátima Bezerra dá aumento a Delegados de Polícia Civil, Procuradores, Auditores Fiscais e a todos os que podem se motivar a atuar contra supostas irregularidades ou desmandos de seu mandato. A bancada do Governo aprova aumentos polpudos para os Deputados e para o Judiciário. É o “diálogo”;
5 – Fátima Bezerra fala mil coisas, mas não paga aos trabalhadores. Os sindicalistas fazem assembleias (com paralisações de um único dia) e acalmam seus filiados sindicais: “A Governadora tem prometido dialogar. As negociações estão avançando.” – É o “diálogo”;
6 – Fátima Bezerra não paga e não diz quando vai pagar. De quebra, faz novos cortes no orçamento dos Serviços Públicos e tenta retirar mais direitos do trabalhador (ou estuda fazê-lo). O servidor público diz: “Agora é luta!” Os Sindicatos Estaduais convocam Manifestações, seguindo o calendário nacional do PT e da CUT (referente à oposição fisiológica contra o Governo Federal, que vem auxiliando o RN). É a “luta”;
7 – Os Trabalhadores que comparecem aos eventos de protesto escutam discursos de “Lula livre” e críticas ao Presidente Bolsonaro. A Governadora Fátima Bezerra (PT) sequer comenta o “protesto”, mas é marcada uma reunião. É o “diálogo”;
8 – Segue o calote salarial e aumenta a perspectiva de novos atrasos no pagamento. Analistas econômicos falam de colapso do Governo. Os Sindicatos de Servidores Públicos Estaduais acalmam seus filiados: “As negociações estão avançando, pois foi marcada mais uma reunião”. É o “diálogo”;
9 – Os Sindicatos apresentam muitas pautas para negociar com o Governo PT. Isso oportuniza à Gestão não dar nenhuma resposta concreta, pois tudo demanda “estudos”. Fátima Bezerra negocia: “O que posso fazer imediatamente é marcar outra reunião, para discutirmos um calendário de reuniões.” – Nenhum ponto da pauta é atendido, mas os Sindicalistas lulopetistas alardeiam aos trabalhadores: “Vencemos!” – É o “diálogo”;
10 – Os Sindicatos declaram-se em “luta” contra o Governo PT de Fátima Bezerra, apesar do “diálogo”: é que a direção nacional do PT e as Centrais Sindicais decidiram fazer novas mobilizações nacionais antibolsonaro, anti Lava-Jato e pró “Lula livre”. Como as bandeiras da esquerda não mobilizam o povo, é necessário criar apelos ligados às reais demandas da população, mesmo que só da “boca pra fora”. É a “luta”;
11 – É antecipada uma reunião já marcada. A mobilização sindical venceu: é o “diálogo”;
12 – Os servidores públicos estaduais não tem nenhuma de suas demandas atendidas. Os sindicalistas fazem propaganda de seus atos na mídia paga. Fotos são mandadas para os QGs político-partidários e sindicais, comprovando a capacidade dos próprios sindicalistas de manipulação das massas trabalhadoras. Eleições vêm aí! É a “luta”;
13 – O Governo Fátima Bezerra (PT) segue virtualmente sem oposição, apesar de ser um desastre em qualquer aspecto que se analise. É a vitória da Esquerda sobre o Povo Potiguar.
