Roberto Alvim não terá de pagar indenização à Fernanda Montenegro

“A classe teatral que está aí é radicalmente podre e com gente canalha e hipócrita como eles”, disse Alvim.

A Justiça não aceitou o pedido de indenização contra o secretário da Cultura, Roberto Alvim, formulado pelo Sindicato dos Artistas de São Paulo.

Em setembro, antes de assumir o cargo, Alvim afirmou que a classe teatral é radicalmente “podre” e criticou a atriz Fernanda Montenegro, da Rede Globo.

A declaração foi feita após a atriz posar para uma revista caracterizada como uma bruxa prestes a ser queimada em uma fogueira de livros.

“A foto da sórdida Fernanda Montenegro […] mostra muito bem a canalhice abissal dessas pessoas […] A classe teatral que está aí é radicalmente podre e com gente canalha e hipócrita como eles”, disse Alvim.

Apesar do pedido de indenização por parte dos sindicalistas, no documento apresentado à Justiça, o membro do governo Jair Bolsonaro afirmou que em nenhum momento incitou o ódio à classe artística e que “exerceu o direito de externar ideias, opiniões e juízo de valor”.

O juiz Márcio Teixeira Laranjo, da 21º Vara Civil, aceitou os argumentos de Alvim. Em sua decisão, ele afirmou:

“A publicação critica aqueles que não compartilham de seu viés ideológico e crítica nada mais é que uma manifestação de pensamento, protegida constitucionalmente.”

E, segundo o jornal Folha, acrescentou:

“A utilização de determinadas palavras, recebidas como ofensa pelo autor [do processo] devem ser analisadas sob a ótica dos direitos fundamentais. Não está caracterizada de forma inconteste a lesão imaterial decorrente das críticas apresentadas.”

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