Irã fala em vingança contra EUA e em destruição de Israel

Após morte do general e terrorista Qassem Soleimani, Irã fala em vingança contra os EUA e ameaça Israel.

Em resposta ao ataque dos EUA que matou o terrorista e general iraniano Qassem Soleimani, a Guarda Revolucionária do Irã, disse através de um porta-voz que “há preparação para destruir Israel”, segundo o canal de TViraniano Iran International.

Israel é um país estratégico nesse cenário, pois é o principal aliado dos EUA no Oriente Médio e também o maior inimigo do Irã na região. Israel colocou o exército em alerta no início desta manhã, temendo um ataque de retaliação. O regime teocrático islamita do Irã é conhecido por seu apoio ao terrorismo internacional além de seu tom belicioso contra Israel.

Em comunicado, o Irã disse que os Estados Unidos cometeram o “maior erro estratégico” do Oriente Médio” e serão responsáveis ” pelas consequências dessa aventura criminosa.”

Segundo o Conselho de Segurança Nacional do Irã, haverá vingança contra os EUA “na hora e no lugar certos”.

O general Qassem Soleimani deixava o aeroporto de Bagdá junto a integrantes das Forças de Mobilização Popular do Iraque, milícia apoiada pelo Irã, quando foram atacados por drones dos EUA.

O aiatolá e ditador supremo do Irã, Ali Khamenei, disse, nesta sexta-feira(03.12), que “os responsáveis pelo assassinato sofrerão uma dura vingança” e declarou luto nacional de três dias. 

Em seu perfil do Twitter, o líder supremo do Irã disse:

”Seus esforços e seu caminho não serão interrompidos por seu martírio, pelo poder de Deus, mas uma #SevereRevenge aguarda os criminosos que mancharam suas mãos com o sangue dele e dos outros mártires na noite passada. Mártir Soleimani é uma figura internacional de resistência e todas essas pessoas vão se vingar.”

Segundo o Pentágono, Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região. Segundo o comunicado, o general e sua força Quds foram responsáveis ​​pela morte de centenas de americanos e membros do serviço de coalizão e pelo ferimento de milhares, observando ainda que o líder iraniano orquestrou ataques a bases de coalizões no Iraque nos últimos meses, incluindo o ataque de 27 de dezembro, que culminou na morte e no ferimento de mais funcionários americanos e iraquianos.

Também disse Departamento de Defesa dos EUA na nota de declaração:

“Sob o comando do presidente [Donald Trump], as forças armadas dos EUA agiram decisivamente na defensiva, matando Qassem Soleimani para proteger indivíduos americanos no exterior.”


Qassem Soleimani era general da Força Al Quds, elite da Guarda Revolucionária do Irã, desde 1998, e era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país. Soleimani tornou-se chefe da Força Quds em 1998, posição em que manteve um perfil discreto por anos enquanto fortalecia os laços do Irã com o Hezbollah no Líbano, o governo do presidente sírio Bashar al-Assad e os grupos de milícias xiitas no Iraque.

Segundo informações da imprensa norte-americana, Soleimani deixava o aeroporto de Bagdá junto a integrantes das Forças de Mobilização Popular do Iraque, milícia apoiada pelo Irã, em dois carros diferentes quando foram atacados por drones dos EUA.

Em comunicado, o Pentágono assumiu a autoria do ataque e afirmou que os Estados Unidos “vão continuar a tomar todas as ações necessárias para proteger seu povo e seus interesses”.

O Presidente americano, Donald Trump, tuitou mais cedo que “o Irã nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação”.

O Presidente disse também em nova publicação no Twitter que:

”Qassem Soleimani matou ou machucou milhares de americanos por um período longo e planejava matar mais… mas foi pego! Ele era direta e indiretamente responsável pela morte de milhões de pessoas.”

Já o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, twittou mais cedo vídeo de cidadãos iraquianos comemorando a morte de Soleimani dançando nas ruas.

De acordo com a análise da revista americana Frontpage Magazine o assassinato de Qassem Suleymani terá um impacto dramático na capacidade do Irã de realizar operações terroristas no exterior e na estabilidade do regime iraniano.

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