Um guia conservador para Regina permanecer no cargo

Eu não conheço Regina Duarte e acredito que quem lê este artigo também não. Nós conhecemos a Viúva Porcina, a Helena, a sucateira Maria do Carmo, mas Regina Duarte não. Porém, tenho convicção de que ela não faz a menor ideia do que é preciso fazer para contribuir com o fomento da cultura nacional. Por isso, elaborei um guia conservador para Regina Duarte permanecer no cargo de secretária nacional de Cultura.

REGINA ANTIPETISTA

Regina Duarte é um símbolo importante da resistência ao petismo. Quando em 2002, enquanto a maré próLula virava uma onda contra a qual ninguém tinha disposição de lutar, ela foi ao horário eleitoral de José Serra. Denunciou o medo que sentia com a iminente chegada ao poder da quadrilha. Regina usou muito do seu prestígio para nos advertir, em uma atitude em que não ganhava nada, só perdia.

MAS, ANTIPETISMO NÃO BASTA

Isso não significa que a namoradinha do Brasil esteja preparada para enfrentar o desafio que existe neste setor da máquina pública. Você pode saber o que é uma bela obra de arte e admirá-la, mas isso não significa que você sabe fazer uma.

Regina conhece o setor cultural e sabe o mal que o PT representa, mas não está preparada para enfrentar o desafio. Mas, o fato é que ela está lá. Foi nomeada e recebeu do Presidente Bolsonaro a garantia de que teria liberdade para agir. Não seria conveniente para o país um divórcio neste momento. Também não seria edificante para o governo e para a biografia da atriz uma saída litigiosa neste momento em que ela acabou de entrar.

SERVIR AO POVO E NÃO À CLASSE ARTÍSTICA

A primeira coisa que a atriz precisa compreender é que a Secretaria não é um presente do Sinhozinho Malta para a Viúva Porcina. É uma delegação da nação para uma cidadã feita através do chefe de governo, para que ela sirva ao maior interesse do povo brasileiro. Além disso, as urnas elegeram em outubro de 2018 um projeto nacional conservador, rejeitando o projeto revolucionário da Esquerda. A Secretaria Nacional da Cultura deve ser instrumento de fomento de genuína cultura nacional, da cultura espontânea.

A produção de artistas modestos e de grupos teatrais pequenos são exemplos do que o brasileiro quer apoiar. A viabilização de projetos de pequenos investidores do setor cultural e o fomento de modestos festivais locais no interior do país, também.

ESCOLHA DE AUXILIARES LEGÍTIMOS

Regina não encontrará ajuda em auxiliares com histórico de militância na Esquerda ou com experiência de produção cultural de grandes projetos.

Não queremos financiar projetos que escondem propósitos políticos e de engajamento. Não queremos financiar projetos que ridicularizam os valores da maioria do povo brasileiro (nem das minorias). Não queremos que o dinheiro do povo brasileiro seja usado para fazer propaganda de engenharias sociais.

O QUE O POVO NÃO ACEITA

Também não queremos financiar o Teatro Poeira de Marieta Severo, nem queremos financiar o DVD de leitura de poesias de Maria Betania. Não queremos pagar a conta de filmes blockbusters de artistas ricos e com capacidade de captar recursos privados sem renúncia fiscal. É possível fazer muito pela economia, pelo turismo e pela educação através do setor cultural.

É possível melhorar a vida do brasileiro mais humilde com as ferramentas do setor, mas não será financiando o Gilberto Gil que o faremos.

FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL

FUNARTE

A Funarte vinha desempenhando um excelente trabalho, elogiado por Carlos Vereza, na gestão do Maestro Dante Mantovani, demitido por preconceito criado pela sordidez da imprensa. Mantovani saiu, mas sua linha de atuação deve ser mantida e é em si um belo guia para Regina Duarte. É um modelo do que é um setor cultural voltado para os pequeninos, para os brasileiros que nunca receberam alta cultura dos governos neste setor.

FUNDAÇÃO PALMARES

Na Fundação Palmares, Regina deve escutar Sergio Camargo e seus propósitos para a gestão daquela fundação antes de fazer juízos a respeito dele. Sergio é importante liderança entre os apoiadores do Presidente Bolsonaro e representa um novo olhar sobre o papel da cultura negra no país.

A BÚSSOLA PARA UM GRANDE LEGADO

Diálogo, prudência, respeito aos princípios do governo a que serve. Respeito ao espírito da Lei e da Constituição e o interesse do brasileiro mais humilde sendo colocado em primeiro lugar. Estes devem ser o faróis da caminhada da Secretária Regina Duarte. Se Regina deseja seguir adiante no cargo sem desgastes desnecessários e servindo ao Brasil da forma que a maioria da nação brasileira espera que ela o faça, #ficaadica. É o “basicão”. Mas, para começo de conversa, é um guia conservador para que Regina permaneça no cargo.

(Texto de Thiago Rachid)

jornal da cidade

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