FICA A DICA! Procurador de direitos humanos diz que OMS é comandada por ‘serviçal da ditadura comunista da China’

A publicação foi feita um dia após subprocuradores solicitarem envio de recomendação ao presidente Bolsonaro para que siga as organização, em relação ao combate ao novo coronavírus

Um dia após subprocuradores solicitarem envio de recomendação ao presidente Jair Bolsonaro para que siga as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação ao combate ao novo coronavírus, o secretário de direitos humanos da Procuradoria-Geral da República (PGR), Ailton Benedito, publicou um artigo criticando a entidade, acusando-a de crimes contra a humanidade e, sem citar nomes ou fornecer dados, dizer que ela é comandada por um “serviçal da ditadura comunista da China“.

Na quarta-feira, subprocuradores enviaram ao procurador-geral Augusto Aras uma recomendação para que Bolsonaro e outros servidores do Poder Executivo se pronunciassem sobre a Covid-19 “em sintonia com as orientações emanadas das autoridades sanitárias nacionais e da Organização Mundial de Saúde“. A recomendação aconteceu um dia depois de Bolsonaro usar a cadeia nacional de rádio e TV para criticar medidas de isolamento social e quarentenas impostas por governos estaduais.


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Ailton Benedito
@AiltonBenedito


A OMS, seguindo as diretrizes da ditadura comunista da China, deve ter explicação convincente para o referido escândalo na Espanha. Afinal, segundo os “especialistas” genéricos, jornalistas e democratas de retroescavadeira, a OMS deve ser obedecida cega, surda, e silenciosamente.

Em artigo publicado em um site de direita, Ailton Benedito ataca a OMS dizendo que, apesar de estados e municípios estarem seguindo suas recomendações, a entidade não teria legitimidade. Benedito divulgou o artigo em sua página no Twitter. 

“Serviçal da ditadura comunista da China comanda a OMS, entidade que governadores e prefeitos do Brasil dizem seguir no enfrentamento da pandemia do víruschinês coronavírus. Entretanto, nenhum eleitor votou naquele sujeito para comandar Estados e Municípios do Brasil”, afirmou.

Apesar de afirmar que a OMS seria comandada por um “serviçal da ditadura comunista da China”, Benedito não cita o nome do atual diretor da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e nem a sua nacionalidade. Tedros é etíope. Antes de assumir o comando da OMS, Tedros foi ministro da saúde da Etiópia entre 2005 e 2012 e ministro das Relações Exteriores do país entre 2012 e 2016.

Ao usar o termo “viruschinês”, aliás, Benedito contraria uma recomendação feita pela OMS para evitar a utilização de termos relacionados ao novo coronavírus que promovam a estigmatização. 

Benedito acusa governadores e prefeitos do país de violarem a constituição federal e diz que eles descumprem a Constituição Federal para impor “ditaduras estaduais e municipais contra as respectivas populações, imitando a ditadura comunista da China”.

No final do artigo, Benedito redireciona os leitores para um vídeo em inglês em que uma mulher faz críticas à atuação do governo chinês no combate ao novo coronavírus. Benedito aponta o vídeo como prova dos “crimes perpetrados pela OMS, a pretexto do coronavírus”.

Benedito é conhecido por sua proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, que, nos últimos dias, vem defendendo o fim de medidas de quarentena e isolamento social impostas por governadores e prefeitos pelo país.

Procurada, a PGR disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que o procurador-geral da República, Augusto Aras, não “comenta opiniões de membros do MPF, que possuem independência em seus respectivos posicionamentos”.

O GLOBO

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