EXTRA: “Em SÃO PAULO,das 201 mortes, 119 tiveram resultado negativo para o coronavírus”. Diz secretaria de saúde

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou mais seis mortes pelo coronavírus na manhã desta sexta-feira (3) dos 201 óbitos considerados suspeitos e que estavam pendentes, na fila de espera no Instituto Adolfo Lutz. Na noite desta quinta (2), outras 20 mortes suspeitas foram confirmadas, totalizando 26 mortes por Covid-19. Com isso, o total de mortes chega a 214.

Das 201 mortes, 119 tiveram resultado negativo para o coronavírus. Outros 37 exames foram considerados inadequados, ou seja, não foi possível fazer a análise porque as amostras estavam prejudicadas seja por falta de material, coleta incorreta ou danificada durante o transporte.

De acordo com a secretaria 19 exames foram classificados como “extraído”, ou seja, houve dúvida na análise e os testes estão sendo refeitos.

Como o G1 revelou em 27 de março, apenas pacientes com sintomas graves do novo coronavírus são notificados pelo estado de São Paulo desde o dia 23. A nova orientação da secretaria estadual é para que as unidades de saúde da rede pública registrem no sistema apenas pacientes internados com sintomas graves da doença. Pessoas com sintomas leves, especialmente aquelas que não sentem falta de ar, não são registradas como casos suspeitos ou confirmados de coronavírus no sistema oficial, tampouco são submetidas ao teste laboratorial. Especialistas afirmam que a nova metodologia de registro pode levar a subnotificação.

Zerar fila de exames

O coordenador de testes de coronavírus do estado de São Paulo e diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, disse nesta quinta-feira (2), que a meta da administração estadual é zerar a fila de exames que aguardam análise e conseguir liberar os resultados em até 48 horas.

Dimas assumiu nesta quinta o comando da plataforma de laboratórios de diagnóstico de coronavírus, criada pelo governo do estado para dar agilidade aos trabalhos e ampliar a rede de laboratórios credenciada.

“Eu considero que a questão dos exames é um não problema. Nós temos que fazer o sistema funcionar, automatizar, por isso que estão sendo comprados equipamentos e reagentes. O prazo máximo que se espera para esses exames é de 24 a 48 horas, no máximo. Não podemos ter exames represados porque eles refletem em tempo real a evolução da epidemia. Essa é a meta. É automatização com saída direta dos resultados para o sistema. Não temos motivo para ficar atrasando uma parte importantíssima do combate à epidemia.”

Rede de diagnósticos

De acordo com o coordenador, o estado tem, hoje, dez instituições públicas participando ativamente das análises dos exames. Ele destacou ainda que mais dez laboratórios privados foram credenciados para realizar os testes e aguardam liberação.

Tadeu Covas detalhou de que forma o trabalho da plataforma de testes, comandada pelo Instituto Butantan, será organizada.

Ele ainda afirmou que o estado não irá enfrentar falta de testes para população. “Não vai faltar teste para ninguém para o monitoramento desta epidemia”.

A atuação será por meio dos seguintes eixos:

  • Mutirão para diagnosticar as amostras: “Amostras serão rapidamente analisadas e os casos lançados no sistema. Fluxo que inclua participação dos municípios, através das regionais e dos HCs do interior”;
  • Zerar a fila de testes “o mais rápido possível” – sem prazo específico;
  • Definir a estratégia de aquisição: segundo o coordenador, existe uma falta de reagentes no mercado internacional. As secretarias de saúde têm compras em andamento, mas as companhias não conseguem entregar;
  • Adquirir 1,3 milhão de testes da Coreia que chegarão no final da primeira quinzena de abril;
  • Avaliar a qualidade dos testes rápidos: muitos não têm sensibilidade suficiente para ajudar;
  • Organizar as pesquisas em relação ao vírus: “Existem muitas iniciativas descoordenadas, precisamos reunir isso em uma única base de dados e usar o recurso para isso”;
  • Credenciamento dos laboratórios: “Existe uma certa demora e vamos resolver isso”;
  • Definir em termos de prioridades de análises: segundo o coordenador, pacientes graves, internados, e profissionais de saúde para abreviar tempo de afastamento, são testes prioritários.
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/04/03/sp-confirma-mais-6-mortes-por-coronavirus-descarta-119-e-considera-37-exames-inadequados.ghtml?fbclid=IwAR2Yi5PYpRfhBWxc7cGsEFBNWHc09LXBdVUv7nEK3nwlx2AJVyFX-OMxX8w

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