O SURGIMENTO DO MARXISMO (A ORIGEM DO MAL)

Ao contrário do que muitos pensam, o socialismo não surge com Karl Marx, quando Marx lançou seu Manifesto Comunista em 1848, que foi a sua primeira grande obra de relevância, contendo suas teses de relacionamentos socio-econômicos, o termo “socialismo” já existia e muitos outros pensadores anteriores a Marx já se intitulavam “socialistas”, e com o cenário europeu da segunda metade do século XVIII, quando se fala em Revolução Industrial e Revolução Francesa, a forma como se entende o mundo é bruscamente alterada e inúmeras ideologias começam a brotar, e com isso, entramos no século XIX no qual abre-se um caminho muito fértil para a imaginação das pessoas e teóricos. Robert Owen na Inglaterra (1771-1858) e Henri de Saint-Simon na França (1760-1825), foram, se é que o socialismo houve fundadores, os precursores dessa ideologia controversa e nefasta, que sistematizaram uma visão socialista do mundo. Henri de Saint-Simon, que foi partidário da Revolução Francesa, foi, até onde se pode auferir, foi o criador do termo “socialismo”, só que esses teóricos fundadores eram de uma concepção mais reformista, ou seja, os precursores do socialismo intentavam mudar as coisas por meios legais, por meio da política e reivindicando direitos mais igualitários, achando que, dessa forma as coisas iriam tomar um rumo natural para o socialismo.

Só que, Karl Marx, que surgiu depois deles, rotulou esses teóricos de utópicos, rejeitando essas ideias e meios, por acreditarem na boa vontade da burguesia. Já Marx era adepto de uma pegada mais revolucionária, luta de classes, tomada á força do poder, de subversão das estruturas sociais, por isso desdenhava do chamado “socialismo utópico” de seus antecessores, e denominou o seu socialismo de “socialismo científico”, doutrina essa filosófica, não somente sociológica e econômica, por que olhamos para Marx e só enxergamos um teórico econômico à priori, Plekhanov, um dos discípulos mais aplicados do Marx chegou a afirmar: “O marxismo é uma concepção completa do mundo e da vida”. Mas como se desenvolveu a teoria marxista? O filósofo alemão Friedrich Hegel, é por muitos considerado o “Aristóteles dos tempos modernos, e tirando o idealismo de Hegel, Marx bebeu da fonte hegeliana para desenvolver suas teses, principalmete no que concerne á dialética aplicada á história, pois, superficialmente falando, Hegel sugeriu que, para uma tese, sempre há uma antítese, e em contrapartida para os dois espectos, surge uma síntese, e por meio deste método que as causas humanas seguem essa linearidade, isso segundo Hegel. Já para Marx, a dialética que rege a história, deveria ser a luta de classes, e a dialética que estava em voga no seu tempo era a burguesia vs proletariado, e a síntese disso seria justamente a luta de classes, libertando os proletários oprimidos do jugo burguês, daí surge a Revolução do Proletariado, que, uma vez aplicada por meio da erupção revolucionária dos proletariados, a burguesia, assim como os seus valores “nefastos”, cairiam por terra e uma nova e igualitária sociedade irromperia, abrindo caminho para o tão sonhado “comunismo”, o paraíso na terra.

Diferente da maioria dos filósofos, Marx não queria interpretar o mundo e os seus valores vigentes e tentar se adaptar a eles, na verdade o barbudo queria era estilhaçar todos os valores vigentes, quebrar as estruturas socio-econômicas, e introduzir as suas teses, transformando o mundo sob o prismo de seus conceitos, conceitos esses totalmente deturpados e equivocados, e isso explica o rápido desenvolvimento do marxismo, rápido entre aspas, pois o próprio Marx não viveu o suficiente para ver as suas teses alterando o destino do mundo, já que o movimento marxista só iria ganhar projeção e alcance mundial depois de sua morte. O primeiro volume de O Capital, a principal obra de Marx, foi lançado em alemão em 1867, porém, ele morreu em 1883, e o seu amigo e patrocinador Friedrich Engels deu prosseguimento ao Capital, publicando o segundo e terceiro volumes com bases nos escritos deixados por Marx, já o quarto volume do Capital foi lançado por Karl Kautsky em 1905, então todo o universo de pensamento de Marx estava compilado e publicado para o grande público, no qual foi compilado e traduzido para quase todas as línguas do ocidente.

Assim sendo, o século XX foi o século de ouro para o movimento marxista, primeiro por que todos os sistemas socialistas antes de Marx quase que desapareceram, os socialistas reformistas desde Saint-Simon a Proudhon, os sindicalistas ingleses e o socialismo italiano, foram todos ultrapassados pelas teses de Marx, e é sabido que Karl Marx tratava com tom de chacota esses velhos teóricos, que se apoiavam em princípios de generosidade e fraternidade, já que o velho barbudo era adepto da causa revolucionária e do uso da força para a tomada de poder. O próprio Pierre-Joseph Proudhon, contemporâneo de Marx, foi debochado por este, e o Proudhon lançou em 1846 o livro “Filosofia da Miséria”, e um ano depois, Marx respondeu lançando “Miséria da Filosofia”, ironizando o livro de Proudhon, pois para Marx, quem não aderisse á luta de classes e a ditadura do proletariado era utópico, e só o seu socialismo era científico. Um dos fatores para o prolongamento e disseminação do marxismo, é que, Marx deixou uma escola de pensamento alicerçada, e proeminentes marxistas surgiram na Inglaterra, França, Alemanha, mas foi dentre os intelectuais russos expulsos de seu país pelos czares que suas teses encontraram guarida e eclodiram com maior rapidez, e um desses russos se destacaria, ele era o Vladimir Ilyich Ulianov, ou simplesmente Lenin, que bebeu da fonte de Marx durante anos e foi um disseminador ferrenho de suas teses, e Lenin amealhou alguns partidários dentro do partido Bolchevique, e em 1917, pos em prática a luta de classes e ditadura do proletariado, tomando á força o poder, matando a família do Czar Nicolau II, pondo fim á dinastia Romanov, e implementando á fórceps uma ditadura comunista na Rússia, que unificou vários países e criou a União das Repúblicas Socialistas Soviética, comunismo esse que durou 70 anos, amealhou o montande de 20 milhões de cadáveres (de acordo com o Livro Negro do Comunismo).

Depois da ascensão de Lenin, que morreria precocemente em 1924, Stalin assumiria a URSS, e o marxismo russo passaria a ser denominado marxismo-leninista, e partindo da União Soviética, foi se disseminando para outros países, em 1949 com a Revolução Chinesa por Mao Tsé Tung, que por sua vez foi o maior genocida de todos os tempos, contabilizando cerca de 65 milhões de cadáveres (segundo o Livro Negro do Comunismo), o Camboja com Pol Pot com 2 milhões de cadáveres, Coreia do Norte com 2 milhões de mortos, Afeganistão com 1,5 milhão de mortos, Vietnã com 1 milhão de mortos, Europa Oriental com 1 milhão de mortos, e a América Latina com 150 mil mortos. Esse saldo nefasto foi o resultado das ideias inócuas e genocidas de Karl Marx, que produziu de 120 a 200 milhões de cadáveres variando de acordo com alguns dados históricos, o que nos leva a crer com base empírica que é a ideologia mais genocida e abjeta já criada pelo ser humano em todos os tempos. Sim, o que Marx criou não foi um sistema para amenizar o sofrimento dos mais pobres, nem para equalizar a pobreza das classes menos favorecidas, mas sim um sistema que bania o capitalismo de livre mercado, que aniquilaria a propriedade privada, que tolheria as liberdades individuais e coletivas das pessoas, que suprimia o cristianismo e demais religiões, e que estabelecia uma ditadura abjeta, subjugando as sociedades de forma despótica, criando uma elite blindada e rica no poder, e quebrando todas as vigas mestras da ética, moral e espiritualidade que alicercaram as sociedades por séculos, numa ruptura abrupta, quebrando todas as regras e leis vigente, e implementando uma ideologia que prometia o céu na terra, mas que na verdade entregava a fome, miséria, perseguição, suprimento das liberdades, e morte, milhões e milhões de mortes.

Foto extraída da internet
Texto by Paulo Cheng

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