Em meio à disparada de pessoas contaminadas e de mortes decorrentes da pandemia da covid-19, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, são alvos de investigação acusados de corrupção, o escândalo do Covidão – desvio da verba pública destinada ao combate do novo coronavírus.
Uma das principais investigações em andamento diz respeito da compra de 3 mil respiradores da China, feita pelo governador de SP, João Doria. A gestão paulista comunicou o pagamento de R$ 550 milhões pelos materiais, que viraram alvo do MP e do Tribunal de Contas do estado (TCE-SP). Depois, o governo tucano explicou que problemas com os fornecedores fizeram com que a encomenda fosse diminuída em mais da metade.
Segundo o Metropoles, as fraudes em compras de respiradores e em construção de hospitais de campanha, golpes em licitações e superfaturamento são os principais crimes apurados.
Covidão poder ser maior que mensalão:
A verba pública acusada de desvio é também muito superior aos R$ 173 milhões movimentados pelo mensalão – escândalo de compra de votos de parlamentares durante a tramitação no Congresso de projetos de interesse do governo Lula, em 2005.
A soma dos valores suspeitos é R$ 1,48 bilhão –, mais de 13 vezes superior ao rombo atribuído à máfia dos sanguessugas, nome dado ao esquema de compra superfaturada de ambulâncias, descoberto em 2006, que movimentou R$ 110 milhões.
Montantes investigados em possíveis “covidão” – desvios de verbas da covid-19:
- R$ 689 mil – Amapá
- R$ 2,9 milhões – Amazonas
- R$ 49 milhões – Bahia
- R$ 25,4 milhões – Ceará
- R$ 125 milhões – DF (sendo R$ 79 milhões nas obras de hospital de campanha e R$ 46 milhões em sobrepreço de materiais)
- R$ 4,1 milhões – Mato Grosso
- R$ 50,4 milhões – Pará
- R$ 580 mil – Paraíba
- R$ 9,9 milhões – Rio de Janeiro
- R$ 6,4 milhões – Roraima
- R$ 33 milhões – Santa Catarina
- R$ 550 milhões – São Paulo
- R$ 420 mil – Tocantins