A história de um presidente honesto: Professor, Advogado e Jornalista, Carlos Barros, conta uma história interessante que nos remete à fatos verídicos da política nacional.

Por: Professor Carlos Barros | Twitter

Professor, Advogado e Jornalista, Carlos Barros, conta uma história interessante que nos remete à fatos verídicos da política nacional.

Quando entrou julho eles já sabiam que não teria mais jeito. Ele ganharia. Ainda havia entre eles aqueles menos racionais que ainda acreditavam em alguma virada. Mas os experientes e que conheciam as lidas eleitorais insistiam: a eleição já estava decidida antes da propaganda.

Todo ano era assim, e não seria aquele diferente. Pesquisas sérias, análises de imagens nos atos, interações nas redes sociais. Ele ganharia. Nas reuniões para estudo de cenário haviam os desesperados e aqueles que achavam que de algum modo o controlariam. Seria tão ruim?

Os desesperados à medida que agosto chegou e os números mostravam a vitória certa se reuniram em um canto e tramaram: temos que matá-lo. Os que acreditavam em algum controle, pediam moderação, pois não se sabia que Parlamento viria das eleições. Quantos seriam nossos?

Já haviam matado antes, os que os ameaçavam, e não seria agora que fraquejariam. O cara era honesto. Honesto! E bom coração, e nada mais ameaçador para gente fisiológica e bandida que alguém assim no poder central da República. Vários esquemas estavam em risco.

Os pragmáticos, muito embora o quisessem morto, trabalhavam em outra frente: colocar o maior números possível de infiltrados considerando as eleições proporcionais. Ainda se fazia coligação, e muitos contrários a ele foram orientados a se apresentar como aliados, muitos.

Desta forma, até o registro das candidaturas, travestidos de verde e amarelo, vermelhos sem passado conhecido cerraram fileira com ele, vestiam sua camisa e usavam descaradamente seu nome. Mas não eram só candidatos. Os infiltrados se preparavam para fazer parte da campanha ou parte do governo. O importante era implodir a administração dele. Ele já anunciava que seria um primeiro escalão técnico e isso causava assombro. Todos já torciam pelo militante com fama de louco que o atacaria a faca em uma caminhada na rua.

Enquanto não chegava o dia da facada, a ordem era mentir em todas as pesquisas eleitorais, todas, sem exceção. Além disso, espalhar o medo, com a ajuda da imprensa. Usar de toda fragilidade, de todos os grupos possíveis, colando nele todo tipo de adjetivo que gerasse repulsa. No dia facada havia receio de que a trama fosse descoberta, incriminando tanto desesperados como pragmáticos. Contrataram advogados caros e confiáveis que ficaram de prontidão. Não contaram para o militante louco, mas o plano previa que os apoiadores dele o linchassem.

Ele não morreu. Além de não ter morrido os números da pesquisa de verdade mostravam vitória no primeiro turno. Entrou em ação então uma rede de fraudadores experientes, comandados por uma empresa venezuelana, a partir da contabilização e transmissão de dados eleitorais.

Garantido o segundo turno, teriam mais tempo para identificar, cooptar e treinar mais e mais infiltrados. Funcionários públicos em postos chave foram acionados, listados e instruídos. O percentual de fraude não seria nunca suficiente para garantir toda a eleição. Terminou o segundo turno e o resultado foi o que eles já sabiam. Mas haviam conseguido eleger, usando o nome e o prestígio dele, vários infiltrados. Já havia um cronograma para que eles agissem, considerando as reformas que ele certamente apresentaria e seu andamento.

Começa o tão temido governo dele e as forças do establishment começam a sentir o baque: o dinheiro não vinha mais. Os parasitas contumazes do Estado viram secar sua fonte. Houve pânico entre eles, principalmente nos que não tinham ainda dinheiro no exterior. Alguns fugiram do país. Inventaram uma desculpa qualquer, forjaram uma ameaça, e foram embora viver de suas rendas, antes públicas, e agora privadas. Conseguiram derrubar um dos ministros. Mas foi só um dos ministros dele. Como derrubar ele? Como tirá-lo do poder? Alguns dos infiltrados começaram a ser descobertos e mandados embora. Nova onda de pânico. Foi aí que surgiu o plano de uma Emenda Constitucional que alteraria regras do orçamento. A ideia era fazer com que ele pedalasse e justificasse um impeachment.

Mas só questão técnica não garantiria impeachment. Sem apoio popular nada feito. Então a ordem foi para a imprensa: mentir sobre tudo, distorcer todas as notícias. Tudo de ruim seria associado a ele. Tudo. Nada de positivo seria noticiado. Fariam piadas domingo à noite. Caroneiros e surfistas de ontem, que são os traíras de hoje, eram identificados. Ainda havia muitos infiltrados, mas o plano estava difícil de ser executado. Resolveram soltar então um condenado, com larga expertise e muitos contatos no país e no exterior, para ajudar.

Agora solto, nunca livre, transitava entre personalidades da República. Visitava pessoas importantes dentro e fora de suas agendas. Era um Mestre dos Magos. Sua orientação foi de nunca atacar ele diretamente. Isso poderia gerar reação. Usariam a imprensa e as universidades. Usariam também escolas de samba, disparos de Fake News em aplicativos de celular como fizeram na campanha. A ideia agora era bem simples: travar o governo dele. Fazer com que ele secasse na cadeira. Poder imputar a ele todos os problemas, mesmo que não de sua jurisdição.

Não o poderiam chamar de corrupto, não colava. Mas poderiam atacar sua família, seus filhos. Um governador amigo deles, daqueles infiltrados, articulava com provas forjadas e com manipulação de investigações intermináveis. Outro governador, amigo de empresários, conspirava. Se a segurança é um dos pontos fortes de seu governo, tirariam a maior parcela do Orçamento do Ministério responsável. A ordem é secar a fonte, é travar o seu governo, não importa se isso será péssimo para o país, o importante e pará-lo custe o que custar. Eles farão o diabo!

Aí você me pergunta: mas quem são eles? Eles são aqueles na imprensa que perderam boquinha de verbas federais, a rede de televisão que tem que pagar seus impostos em dia e que não recebe mais empréstimos de banco público a fundo perdido. Eles são os artistas sem lei Rouanet. Eles são empresários que viviam de esquemas com o governo, porque a Lava Jato pegou empreiteiras, mas não é só de empreiteiras que vive a corrupção. Eles são os agentes políticos que não pensam no bem comum ao se candidatar, mas sim no bem do próprio bolso, em mil esquemas. Eles, não se engane, não estão só à esquerda. Tem muitos que não se vestem de vermelho. Muitos. Eles todos só uma coisa tem em comum: odeiam ele com toda força. Pois ele atrapalha os esquemas, cortou as trapaças. Não há um só caso de corrupção desde que ele assumiu o governo.

Muitos dizem que ele precisa de você. Não, ele não precisa. Muitos dizem também que eles estão atrás dele. Não. Eles estão atrás de nós! Eles estão atrás de você e de mim. A facada foi pra nós, acertou nele, mas foi pra nós. Por isso você sentiu tanto, teve tanto medo. Ele é quem está entre eles e nós. Por isso, quem precisa aqui, somos nós, dele. Apoiá-lo é uma questão de sobrevivência. Eles vão continuar querendo nos enganar. No momento nada é mais importante do que abrir os olhos, levantar e defender o que é certo e justo.

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