Brasil soma 3.6 milhões de pedidos de seguro-desemprego em 2020

Governo estima em 150 mil os desempregados por causa da pandemia ...

O número de pedidos de seguro seguro-desemprego no Brasil chegam a 3,64 milhões no acumulado deste ano, entre janeiro e a primeira quinzena de junho. O dado, divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia, representa uma alta de 14,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Entre os estados, a maior parte dos pedidos foram feitas em São Paulo (1 milhão), seguido por Minas Gerais (408 mil) e Rio (282 mil).

Por conta da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, os pedidos de seguro-desemprego dispararam desde abril. O dado se tornou mais um indicador sobre o comportamento do mercado de trabalho formal durante em meio à crise.

Em março e abril, por exemplo, o Brasil fechou 1,1 milhão de postos de trabalho com carteira assinada (diferença entre demissões e contratações), segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número de maio será divulgado na próxima semana.

Na primeira quinzena de junho, foram feitas 351,3 mil solicitações de seguro-desemprego, um aumento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, foi uma queda de 22,9% na comparação com a primeira quinzena de maio. O Ministério da Economia não explicou se essa é uma tendência.

O governo não divulgou, como vinha fazendo, o total de pessoas que tem direito ao seguro-desemprego, mas não solicitaram.

Nos primeiros dias de junho, 71,4% dos pedidos foram feitos pela internet. Em abril, como a maioria dos postos do Sine estavam fechados, esse número chegou a 86,9%.

Solicitar o seguro-desemprego pela internet não era a praxe no Brasil, antes da pandemia. Até o início de 2020, mais de 80% das solicitações do benefício foram feitas de forma presencial — nas agências do Sine ou nas Superintendências Regionais do Trabalho.

O Globo

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