Testes de vacina chinesa começam no dia 20 “Quem vai ser a cobaia da vez?”

Participação do Governador de São Paulo, João Doria, no seminário Doing Business in São Paulo and China (Fazendo negócios em São Paulo e China), em Pequim. Foto GOVESP

Conforme noticiamo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na última sexta-feira (3), a empresa chinesa Sinovac Biotech a realizar testes para uma nova vacina contra o novo coronavírus no Brasil.

Nesta segunda-feira (6), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse em entrevista coletiva que os testes com voluntários brasileiros devem começar ainda no mês de julho.

“A Anvisa autorizou o Instituto Butantan a iniciar os testes da CoronaVac, a vacina está sendo desenvolvida junto com o laboratório chinês. A partir da próxima segunda-feira (13), os voluntários já poderão se inscrever. A inscrição será obrigatoriamente para profissionais da saúde. Com a aprovação da Anvisa, começaremos o processo de testagem a partir do dia 20 de julho”, declarou.

De acordo com Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, esta vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês é uma das mais promissoras do mundo, porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas.

“A fase 2 [de testes clínicos, feitos na China] demonstrou a segurança e a eficácia da vacina. Após 14 dias da segunda vacinação, mais de 90% das pessoas vacinadas desenvolveram proteção. Então é uma vacina que tem um perfil de proteção elevado”, explicou.

Os voluntários para a vacina chinesa serão selecionados entre profissionais de saúde, da rede pública ou privada, com mais de 18 anos, que não tenham tido covid-19 e que não estejam em teste para outras vacinas.

Esses voluntários poderão se candidatar por meio de um aplicativo do Instituto Butantan, que deverá ser lançado na próxima segunda-feira (13). Os voluntários não poderão ter doenças instáveis [que afetem a resposta imune], distúrbios de coagulação e, as mulheres não poderão estar grávidas.

“São esses profissionais que estão mais expostos e que vão permitir o desenvolvimento muito rápido do estudo clínico”, disse Dimas Covas.

Informação Conexão Política,

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