EXCLUSIVO: Bolsonaro pretende continuar sem partido até 2021

O presidente Jair Bolsonaro disse a aliados que vai esperar a definição do sucessor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Câmara para começar a conversar sobre se filiar a um partido. O período vai servir para avaliar a reorganização das forças partidárias após as eleições municipais e a definição do comando na Câmara.

O presidente está sem legenda desde de novembro de 2019, quando saiu do PSL após um processo de disputa interna com o presidente da sigla, Luciano Bivar. A crise ficou pública quando Bolsonaro foi abordado por um jovem simpatizante de Recife (PE), em frente ao Palácio da Alvorada. O garoto diz a Bolsonaro que é filiado ao PSL em Recife e pede para gravar um vídeo .Bolsonaro (ao ouvido do jovem): Esquece o PSL. Tá ok? Tá? Esquece.

Especula-se nos sites de notícias que o presidente poderia voltar a sigla apesar dos atritos do passado, mas, até agora o presente momento Bolsonaro não disse que iria voltar ao PSL. Outras opções avaliadas são o PTB, já citado por ele durante live, o Patriota e até manter as articulações para fundar o Aliança pelo Brasil.

Bolsonaro reuniu deputados do PSL aliados na noite de quarta-feira (26) e também discutiu a revisão das sanções imposta a eles pelo partido. Bivar já havia dito há duas semanas que as suspensão de 17 deputados pode ser revista, mas evitou falar sobre volta de Bolsonaro ao partido.

Um dos participantes da reunião disse Congresso em Foco que o futuro partidário do presidente não vai ser definido antes de fevereiro de 2021, quando o próximo presidente da Câmara estiver definido.

O vice-presidente do Aliança pelo Brasil, Luís Felipe Belmonte, projeta que as 492 mil assinaturas necessárias para fundar a sigla estarão totalmente validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até, no máximo, junho de 2021. A informação é da coluna de Guilherme Amado, da revista Época.

Este é, segundo Belmonte, o cenário pessimista. O cenário realista, de acordo com Belmonte, é abril de 2021. Tanto num prazo quanto noutro, com uma tranquila margem para Bolsonaro pavimentar a tentativa de reeleição.

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