Desmatamento na Amazônia é conto do vigário em escala planetária

O agronegócio não devasta a floresta; o Brasil, sozinho, tem mais vegetação nativa que a Rússia, cujo território é duas vezes maior, e mais que Estados Unidos e Canadá

Os grandes concorrentes mundiais do Brasil na produção e no comércio de produtos agrícolas, todos big business de primeiríssimo mundo — a gente mais capitalista, trilionária e praticante da desigualdade social, racial ou de qualquer tipo que se possa imaginar —, estão com um problema sem solução no terreno das disputas honestas.

O Brasil vai ter em 2020, mais uma vez, uma safra recorde de grãos: cerca de 255 milhões de toneladas. Mas a área plantada para colher essa produção toda praticamente não cresceu, como vem acontecendo há anos — em 1975, quase meio século atrás, era de 40 milhões de hectares, para uma produção que não chegava nem aos 40 milhões de toneladas; hoje, está por volta de 65 milhões de hectares, ou pouco acima de 50%, para uma produção que é mais de seis vezes maior. Não é preciso ser nenhum gênio em cálculo integral para perceber o seguinte: o agronegócio brasileiro não depende de mais terras para crescer. Produz cada vez mais no mesmo espaço.

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