A produção industrial brasileira cresceu 2,6% na passagem de agosto para setembro, de acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nesta quarta-feira (04).
É a 5ª alta consecutiva do indicador, que registrou índices positivos de 8,7% em maio, 9,6% em junho, 8,6% em julho e 3,6% em agosto. O gerente da pesquisa, André Macedo, explica que esse padrão de crescimento não era visto há oito anos.
“Essa sequência de cinco meses de resultados positivos não era vista desde abril até agosto de 2012. No resultado de setembro especificamente, permanece o padrão de crescimento que estamos observando nos últimos meses, um perfil disseminado de expansão alcançando todas as grandes categorias econômicas e a maior parte das atividades industriais investigadas.”
Com esse resultado, o setor conseguiu recuperar a perda de 27,1% acumulada nos meses de março e abril, ou seja, no início da pandemia da Covid-19. A atividade industrial em setembro ficou 0,2% acima da registrada em fevereiro.
Também foram verificadas altas na comparação com igual mês do ano passado, de 3,4%, e na média móvel trimestral, com índice positivo de 4,8%. No entanto, o setor acumula quedas de 7,2% no ano e de 5,5% em 12 meses.
Na passagem de agosto para setembro, as 4 grandes categorias econômicas apresentaram alta, com destaque para os bens de consumo duráveis, que tiveram crescimento de 10,7%.
Também houve alta nos bens de consumo semi e não duráveis, de 3,7%. Os bens de capital, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo cresceram 7%, enquanto os bens intermediários, insumos industrializados usados no setor produtivo , tiveram alta de 1,3%.
Das 26 atividades pesquisadas, 22 tiveram alta, principalmente veículos automotores, reboques e carrocerias, que tiveram avanço de 14,1%. O setor vem de cinco meses de alta, acumulando 1.042,6% de crescimento, impulsionado pelo retorno das atividades, após a paralisação decorrente do isolamento social provocado pelo novo Coronavírus. Apesar disso, ainda se encontra 12,8% abaixo do patamar de fevereiro.
Houve queda na produção em 4 atividades, com maior peso para a indústria extrativa, que produziu 3,7% menos em setembro na comparação com agosto.
Edição: Fabiana Pelles
