“Todo mundo perdeu o medo” do Vírus Chinês, diz infectologista

Pedestrians wearing protective masks walk on Alfandega Street in Rio de Janeiro, Brazil, on Thursday, July 23, 2020. Brazil registered 67,860 new cases on Wednesday, more than 20% above the previous record for daily infections. Photographer: Andre Coelho/Bloomberg

Medo, preocupação e insegurança. As três palavras traduzia o sentimento do brasileiro face à pandemia do novo coronavírus e seus potenciais impactos sociais e econômicos no início do ano.

Pesquisa do Instituto Ranking, feita com 1,2 mil entrevistados, mostra que quase um terço das pessoas ouvidas em Campo Grande não está com medo do novo coronavírus. O levantamento, feito entre 3 e 7 de abril, revela que as pessoas com receio de passar a fazer parte das estatísticas das vítimas de covid-19 representam 65,08% dos consultados.

O presidente Jair Bolsonaro tem sempre comentado em suas entrevistas sobre os casos do novo coronavírus no país. Segundo o chefe do Executivo, como a maioria da população eventualmente será infectada pela doença, é necessário enfrentá-la. “Não podemos ter medo da doença, devemos enfrenta-la”.

“Nós temos três ondas a questão da vida, a recessão, e em cima da miséria, vem o socialismo. É isso que vocês querem no Brasil? Temos é que enfrentar as coisas, acontece.”

Em entrevista a CNN, hoje pela manhã, o infectologista Marcelo Otsuka acredita que “todo mundo perdeu o medo” da doença. Devido à queda na taxa de isolamento social e ao aumento de casos, óbitos e ocupação dos leitos de UTI por conta do novo coronavírus, o infectologista Marcelo Otsuka acredita que “todo mundo perdeu o medo” da doença. O especialista apoiou a decisão do governo de São Paulo de restringir ainda mais as medidas de isolamento social durante o Natal e Ano Novo no estado para conter o avanço da pandemia.

Com o anúncio realizado na terça-feira (22), apenas serviços essenciais poderão funcionar durante as janelas de 25, 26 e 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro. A região de Presidente Prudente, excepcionalmente, voltará para a fase vermelha para controlar o avanço da doença no local, que está com 83,1% dos leitos ocupados.

No entanto, na avaliação de Otsuka, as medidas só serão eficazes se a população segui-las. “A resposta seria melhor se o povo continuasse respeitando e obedecendo as regras de higiene, distanciamento social e o uso de máscaras. Talvez nós não precisássemos voltar atrás com tanta intensidade se esse respeito tivesse acontecido.”

CNN Brasil, COM ADAPTAÇÕES DO SITE A TROMBETA

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