O “paredón” de Fidel Castro – Regime cubano fuzila fugitivos.

José Saramago, o escritor português ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998,notório defensor do regime cubano e amigo pessoal do comandante Fidel Castro, declarou num artigo publicado no jornal espanhol “El País”: “Cuba (…) perdeu minha confiança, arrasou minhas esperanças e frustrou minhas ilusões”.


O escritor se referia ao fato ocorrido em 2 de abril de 2003, quando, depois de um julgamento sumário por um tribunal especial, três sequestradores cubanos de uma balsa com 50 pessoas a bordo foram condenados à morte e fuzilados. Os sequestradores pretendiam
chegar aos Estados Unidos e pedir asilo político.


Ao mesmo tempo, o governo cubano condenou cerca de 75 opositores do regime, a maioria intelectuais, a penas que variam de seis a 28 anos de prisão. Autoridades do governo garantiram que os condenados tinham ligações com James Cason, chefe da Seção de
Interesses Americanos em Cuba (Sina), acusado de contribuir para o recrudescimento das relações Havana-Washington.

Surpreendido, assim como Saramago, o mundo protesta contra o “paredón” e o julgamento sumário daqueles que se opõem ao regime de Fidel Castro. Produto da histórica Revolução Cubana, de 1959, que colocou fim à ditadura de Fulgêncio Batista, os tribunais públicos
especiais, do ponto de vista de Fidel, “são uma ordem popular gravada nas paredes da revolução”.

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