Enfermeiros são presos após furtarem centenas de vacinas na Argentina

Quatro pessoas foram presas na província argentina de Santiago del Estero por participação no roubo de cerca de 300 doses de vacina contra covid-19. De acordo com as investigações, um casal de enfermeiros responsável pelo furto aplicava os imunizantes na própria casa e cobrava o equivalente a R$ 1.193 a R$ 1.790, na cotação atual.

Dante Daniel Díaz, que tinha acesso ao depósito de vacinas na sede local do Ministério da Saúde, roubava poucas quantidades de doses por vez para aplicar junto com a esposa, Angélica Coronel, no imóvel onde moravam, em Santiago del Estero.

O grande roubo foi realizado há poucos dias, quando o Daniel mentiu para o pessoal do Exército Argentino que custodia o ultracongelador do Ministério da Saúde provincial. Ele disse na ocasião que teria que guardar um lote de vacinas que teria sido devolvido. Sem saber que estava sendo filmado, ele encheu uma caixa com imunizantes, colocou na mochila e saiu.

Após suspeitas da falta de imunizantes e uma recontagem oficial, a chefe de imunização Florencia Coronel confirmou o furto com as imagens das câmeras. Ela denunciou o casal e informou as autoridades.

Na casa dos enfermeiros foram encontradas 268 doses da Sputnik V, outras 14 da Sinopharm e mais uma da Covishield. Também foram achadas outras 510 doses de vacinas sem relação com a covid-19. Todos os imunizantes foram devolvidos ao Ministério da Saúde.

A polícia ainda apreendeu uma arma de fogo, seringas, agulhas, luvas e máscaras descartáveis, além de cremes e cadernos de vacinação contra o novo coronavírus. No local, funcionava uma clínica clandestina de vacinação. A operação ainda encontrou 734.500 pesos.

Ontem (19), mais duas pessoas que agiam junto com o casal foram detidas. Todos são acusados de furto agravado e adulteração de substâncias médicas em prejuízo do Estado.

Após nova recontagem, as autoridades confirmaram a falta de 68 doses da Covishield. Os investigadores informaram que elas teriam sido aplicadas em troca de grandes quantias de dinheiro. A apuração agora tem foco em descobrir a lista de pessoas vacinadas clandestinamente, que também serão detidas uma vez comprovadas as identidades.

Fonte: Época

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