Lista de mortos no Jacarezinho: 25 tinham ficha criminal e há provas contra os outros 2, diz Polícia

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro divulgou no último sábado (8) um comunicado no qual revela o nome dos 27 mortos na operação no Jacarezinho, comunidade na Zona Norte do RJ.

Ao todo, 28 pessoas morreram, entre esses o policial civil André Leonardo de Mello Frias, de 48 anos, com um tiro na cabeça. Três dos mortos se encontravam na lista de 21 denunciados pelo Ministério Público por tráfico de drogas, além de serem procurados pela polícia. 

Conforme informações apuradas pela Inteligência da Polícia Civil, os meliantes eram “soldados” do tráfico, atuando como braço armado da organização criminosa na comunidade do Jacarezinho. Entre os 27 bandidos mortos, 25 têm antecedentes criminais e 2 possuem provas de que eram ligados ao tráfico.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, em primeira manifestação pública sobre o caso, parabenizou no último domingo (9) a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro pela operação na comunidade do Jacarezinho.

“Ao tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem famílias, a mídia e a esquerda os igualam ao cidadão comum, honesto, que respeita as leis e o próximo. É uma grave ofensa ao povo que há muito é refém da criminalidade. Parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro!”, declarou o líder do Executivo.

O presidente Bolsonaro também prestou homenagens ao policial Civil André Leonardo, assassinado com um tiro na cabeça durante a operação.

“Nossas homenagens ao Policial Civil André Leonardo, que perdeu sua vida em combate contra os criminosos. Será lembrando pela sua coragem, assim como todos os guerreiros que arriscam a própria vida na missão diária de proteger a população de bem. Que Deus conforte os familiares!”, desejou o presidente Jair Bolsonaro.

“Essa fala do presidente Bolsonaro, a meu ver, foi extremamente precisa quando fala que a mídia defende um traficante desse, ela o está comparando com o cidadão de bem, e eu ainda iria um pouco mais além, está igualando um traficante – alguém que compra um fuzil ilegal, que faz tráfico de drogas, alicia menores e faz todo tipo de ‘desgraceira’ possível – a você. Para a mídia, você e um traficante desse não têm diferença nenhuma, aliás tem, porque a vida dele vale um pouquinho mais do que a sua para essas pessoas”, analisou o jornalista Pedro Alaer, durante o Boletim da Manhã desta segunda-feira (10).

E completou: “vejam só, como eu falei antes, é uma diferença de tratamento. Tivemos aí uma jornalista da CNN que falou que morreu ‘apenas’ um policial, um desdém completo e absoluto. Como assim ‘morreu apenas um policial’? Isso é a completa inversão de valores, vejam só como é importante que nosso imaginário sempre fique povoado de coisas boas, pela verdade, para não cairmos nesse tipo de narrativa, para não cairmos nesse tipo de esparrela midiática, porque vejam só quantas pessoas há que até hoje acreditam nessa narrativa do Jacarezinho e vão continuar acreditando.”

“E muita gente pensa que essa guerra é puramente político-eleitoral, mas não. Essa batalha é também contra a crise moral, porque a crise política, toda essa instabilidade que nós estamos vendo no Brasil é um reflexo nada mais nada menos do que das escolhas do povo. […] É muito importante que antes da crise política, se resolva a nossa crise moral”, concluiu Pedro Alaer.

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