“Não vejo razão para que Carlos Bolsonaro seja convocado”, diz presidente da CPI da Covid

Em entrevista, Aziz também falou sobre a decisão do STF que permitiu que Pazuello fique em silêncio durante o depoimento. Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil - Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil

O senador Omar Azis (PSD-AM), que preside da CPI da Covid, afirmou, nesta segunda-feira, 17, não vê motivo para que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) seja convocado a prestar depoimento. Para Aziz, a fala do presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, não implica o vereador pelo Rio de Janeiro. 

“O depoimento dele [Carlos Murillo] não compromete o vereador Carlos. Ele entrou na sala, cumprimentou, não fez nenhuma pergunta e saiu da sala. Temos que ter muito cuidado, esse cuidado que estou tendo, que não tente politizar”, afirmou. “Não podemos criar situações, porque vai desvirtuar a CPI.” , disse Aziz em entrevista à CNN Brasil. 

“Sinceramente, até agora, não vejo razão para que Carlos Bolsonaro seja convocado. Se eu fosse filho, também teria tentado ajudar meu pai nas circunstâncias, sem, claro, dar ordens a ministros e secretários”, declarou. “Não vejo necessidade de politizar a situação. Se tiver coisa concreta contra o Carlos ou quem quer que seja, não tenha dúvida de que iremos convocar, mas para fazer politicagem, não vejo necessidade.” 

Aziz também falou sobre a decisão do STF que permitiu que Pazuello fique em silêncio durante o depoimento. 

“Não sendo permitido falar aquilo sobre o comportamento [de Pazuello] nos prejudica bastante, mas outros falarão”, afirmou. 

“Fica meio toldado, cerceado esse depoimento”, disse. “Se ele era o responsável e a CPI é da Covid, óbvio que fica prejudicado, te asseguro que fica prejudicado o que podemos obter de Pazuello.”

Porém, ele acredita que, pelo histórico militar do ex-ministro, ele priorizará “o que honrou defender: a pátria e o povo brasileiro”. “Através da própria consciência, vai dizer quais foram os caminhos errados e o que pensa que poderíamos ter tomado o lado certo”. 

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