Conservador Guillermo Lasso, novo presidente do Equador, toma posse

O novo presidente do EquadorGuillermo Lasso, toma posse nesta segunda-feira (24) em Quito. De centro-direita, o ex-banqueiro se elegeu em abril após derrotar Andrés Arauz, figura próxima ao ex-presidente Rafael Correa, no segundo turno das eleições. O mandato terminará em 2025.

A cerimônia de posse deverá ter a presença do presidente brasileiro Jair BolsonaroSebástian Piñera, do Chile, e Luis Lacalle Pou, do Uruguai, também devem comparecer. O rei da Espanha, Felipe VI, é outro que deve participar.

Lasso se une a Lacalle Pou como os dois representantes da centro-direita que tiveram sucesso eleitoral na América do Sul nos dois últimos anos, quando o continente viu um ressurgimento da esquerda e da centro-esquerda. Alberto Fernández (Argentina), Luis Arce (Bolívia), e o recente plebiscito constitucional no Chile representam essa nova guinada sul-americana. No Peru, Keiko Fujimori, populista de direita; e Pedro Castillo, de esquerda radical, disputam o 2º turno.

Conheça abaixo o novo presidente do Equador

Quem é Guillermo Lasso

Usando máscara, candidato a presidente Guillermo Lasso participa de comício em Quito, no Equador, nesta quarta-feira (3) — Foto: Rodrigo Buendia/AFP

Usando máscara, candidato a presidente Guillermo Lasso participa de comício em Quito, no Equador, nesta quarta-feira (3) — Foto: Rodrigo Buendia/AFP

O ex-banqueiro havia concorrido à presidência do Equador em 2013 e 2017, quando foi derrotado. Lasso representa a direita tradicional e reúne apoio entre empresários, alguns meios de comunicação e eleitores desencantados com o socialismo do século 21 que Correa proclamava.

Lasso costuma adotar um discurso de austeridade no campo econômico. No entanto, diante da economia parada por causa da pandemia, o ex-banqueiro admite aumentar o salário mínimo e se distanciar da sombra do governo de Jamil Mahuad, de quem foi ministro da Economia num contexto de forte crise econômica, no fim da década de 1990.

O candidato presidencial equatoriano do movimento Creando Oportunidades (CREO), Guillermo Lasso, vota em Guayaquil, Equador, em 11 de abril de 2021. Os equatorianos elegeram seu próximo presidente no domingo com eleitores escolhendo entre um jovem protegido socialista do ex-líder Rafael Correa e um conservador veterano como o país rico em petróleo enfrenta uma crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19. — Foto: Fernando Mendez / AFP

O candidato presidencial equatoriano do movimento Creando Oportunidades (CREO), Guillermo Lasso, vota em Guayaquil, Equador, em 11 de abril de 2021. Os equatorianos elegeram seu próximo presidente no domingo com eleitores escolhendo entre um jovem protegido socialista do ex-líder Rafael Correa e um conservador veterano como o país rico em petróleo enfrenta uma crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19. — Foto: Fernando Mendez / AFP

Naquela época, o Equador viu a moeda local derreter, e o governo passou a adotar o dólar como o dinheiro oficial do país. A medida, até hoje adotada, divide opiniões dos equatorianos.

No campo social, Lasso se mostra um conservador católico e não pretende abandonar algumas posições como a oposição ao aborto. Porém, ele fez acenos em mais de uma entrevista a minorias sociais: disse que quer acabar com a discriminação contra as pessoas LGBTQ+ do Equador.

g1

Últimas Notícias