Dr. Chris Gottlieb, ex-delegado da Food and Drug Administration (FDA), disse no domingo que descobrir as verdadeiras origens do vírus Chinês é a chave para ajudar a identificar potenciais lacunas nos protocolos de segurança e reduzir o risco de futuras pandemias . Falando no programa “Face the Nation” da CBS, Gottlieb alertou que vazamentos de laboratório – uma das teorias sobre a origem do coronavírus – acontecem com frequência e identificando com precisão como o patógeno veio a infectar humanos tem implicações importantes para medidas de segurança que poderiam prevenir outro surto.
“Esses tipos de vazamentos de laboratório acontecem o tempo todo, na verdade”, disse Gottlieb à agência. “Mesmo aqui nos Estados Unidos, tivemos contratempos. E na China, os últimos seis surtos conhecidos de SARS-1 saíram dos laboratórios, incluindo o último surto conhecido, que foi um surto bastante extenso que a China inicialmente não divulgou que saiu de um laboratório ”, disse ele.
Gottlieb disse que a teoria de que o vírus vazou de um laboratório, ao invés de um salto natural do animal para o humano, vem ganhando força. “Fizemos uma busca exaustiva pelo chamado hospedeiro intermediário, o animal que poderia ter sido um hospedeiro para o vírus antes de se espalhar para os humanos. Não encontramos tal animal ”, disse Gottlieb, acrescentando que a teoria de que o vírus surgiu em um mercado de alimentos em Wuhan, China, também foi “totalmente refutada”.
O caso para a teoria do vazamento de laboratório é ainda mais sustentado por evidências circunstanciais, disse ele, apontando para problemas conhecidos no Instituto de Virologia de Wuhan (WIV), a instalação no centro da controvérsia.
“Nós sabemos que aquele laboratório foi mal construído, tinha controles ruins”, disse Gottlieb. “Sabemos que o laboratório estava envolvido em pesquisas de alto risco, incluindo a infecção de animais transgênicos, animais com sistema imunológico totalmente humano”.
“Sabemos que eles estavam trabalhando com vírus do tipo SARS, que nunca foram divulgados antes. E agora temos novas evidências de que alguns trabalhadores de laboratório foram infectados no momento em que se acreditava que o vírus foi introduzido pela primeira vez ”, acrescentou.
Um relatório recente no The Wall Street Journal citou fontes não identificadas do governo dos EUA familiarizadas com um relatório de inteligência dos EUA não divulgado anteriormente, que indicou que três pesquisadores do Instituto Wuhan foram hospitalizados em novembro de 2019 com sintomas consistentes com gripe sazonal e COVID-19.
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