Presidente do CFM protesta contra ‘ambiente extremamente tóxico‘ da CPI da Pandemia

Presidente Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro. Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, divulgou vídeo nesta quarta-feira (2), onde repudia o que classificou como “ambiente extremamente tóxico” instalado na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia do Senado Federal. Veja o vídeo abaixo.

Para Ribeiro, a linha de frente do combate à Covid e a maior entidade de representação dos médicos brasileiros não têm tido voz na comissão. O presidente do CFM repudiou “as atitudes que se estabeleceram dentro daquela CPI” e “particularmente a atitude do médico e senador Otto Alencar, ontem, nas agressões que fez à médica Nise Yamaguchi”.

Durante depoimento da dra. Nise Yamaguchi à CPI na terça-feira (1º), senadores de oposição ao governo se destacaram pelos mal-tratos e grosserias contra a médica. Otto Alencar (PSD-BA) chamou atenção nesse quesito.

“O que nós vemos são deputados, são senadores, são jornalistas, são procuradores… todos falam hoje sobre tratamento, sobre lockdown, sobre a doença covid”, disse Mauro Ribeiro, que  também informou que vai encaminhar ofício ao presidente do Senado (e do Congresso Nacional), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), “para que alguma coisa seja feita contra aquele ambiente tóxico, que se estabeleceu”.

O presidente do CFM também fez um apelo para que a comissão convoque “o mais rápido possível” a entidade médica para expor “qual é a posição dos médicos brasileiros”. Ribeiro voltou a afirmar que a posição oficial da entidade médica é que “não tem certeza sobre nada em relação a essa doença desconhecida”.

“Os únicos que não são ouvidos são os médicos brasileiros, os enfermeiros, técnicos de enfermagem, os terapeutas, os assistentes sociais, os psicólogos e os dentistas. Mas quem está lá na frente, atendendo os pacientes com covid, somos nós”, explicou. “Nós não temos tido voz para falar sobre tudo isso que está sendo colocado na comissão parlamentar de inquérito”, protestou o médico.

Últimas Notícias