Cinco jornalistas foram presos, sob ‘lei de segurança’ imposta pelo PCCh em Hong Kong

Sob 'lei de segurança' imposta pelo PCCh, Hong Kong prende mais jornalistas  – Terça Livre TV

Sob a acusação de “conspirações que ameaçam a segurança nacional”, Cinco executivos do jornal Apple Daily, de Hong Kong, foram presos na última quinta-feira (17). O periódico transmitiu a operação policial ao vivo pelo Facebook

Conforme noticiou o jornal France 24, o jornal pró-democracia Apple Daily disse que a liberdade de imprensa de Hong Kong está “por um fio”. “O Apple Daily está sofrendo uma repressão direcionada do regime”, escreveu o jornal em uma mensagem aos leitores. “A proteção da liberdade de imprensa em Hong Kong está por um fio. Todos os membros do Apple Daily se manterão firmes”.

Ainda no ano passado, a polícia local chegou a prender o dono do jornal, Jimmy Lai, sob a mesma acusação. Os presos de ambas operações foram enquadrados na “lei de segurança”, imposta pelo Partido Comunista da China (PCCh), em junho do ano passado.

Segundo o regime comunista, a nova lei serve para reprimir “o separatismo, o terrorismo, a subversão e o conluio com forças estrangeiras”. Em janeiro deste ano, acionando a “lei de segurança”, o PCCh decidiu reforçar o controle da Internet em Hong Kong, bloqueando de forma definitiva sites pró-democracia que são dedicados “a expor as pessoas que apoiavam a ‘tirania’ e a ‘ditadura’ em Hong Kong”.

O jornal e seu proprietário Jimmy Lai há muito tempo são uma pedra no sapato de Pequim, com apoio sem remorso ao movimento pró-democracia do centro financeiro e críticas contundentes aos líderes autoritários da China .

O ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, chegou a declarar que a China estava usando a “legislação de segurança” para “atacar as vozes dissidentes” em Hong Kong.

“As agressões e prisões de hoje no Apple Daily, em Hong Kong, demonstram que Pequim está usando a ‘Lei de Segurança Nacional’ para atacar vozes dissidentes”, denunciou Raab no Twitter. “A liberdade de imprensa é um dos direitos que a China prometeu proteger na Declaração Conjunta e deve ser respeitada”, acrescentou.

Em agosto de 2020, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já condenara os ataques à liberdade de imprensa em Hong Kong, na ocasião da prisão de Jimmy Lai, dono do jornal Apple Daily. “Eu odeio ver o que aconteceu com Hong Kong, porque a liberdade é uma coisa importante”, afirmou Trump.

 FONTE/CRÉDITOS: France 24/ Terça Livre

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