Jorge Kajuru, jornalista, é um verdadeiro imã de polêmicas, que também tiveram, para ele, um lado positivo: tornaram-o famoso o suficiente para ser eleito para cargos políticos. Primeiro vereador de Goiânia, e depois, já Senador da República. Mas Kajuru não está muito satisfeito no Senado.
Prestes a realizar uma cirurgia, o senador disse que não pretende morrer de terno e gravata: “Quero morrer de porre em uma praia. Ouvindo B. B. King e Nina Simone“. Veículos midiáticos estão interpretando isto como um planejamento de renunciar ao mandato. Pode ser só mais uma das polêmicas de um sujeito muito afeiçoado à elas, mas motivo para estar deprimido, ele tem.
Após abraçar a luta pelo impeachment do juiz Alexandre de Moraes, do STF (impeachment este que só pode ser feito através do Senado), Kajuru logo subiu no conceito do imenso eleitorado bolsonarista, recebendo um apoio que ele, assíduo nas redes sociais, deve ter percebido claramente a magnitude. Mas depois, durante os primórdios do ”Circo” do Senado, o senador traiu o bolsonarismo.
Na época, Kajuru divulgou uma gravação de uma conversa telefônica entre ele e o presidente Bolsonaro, que tentava evitar que a Comissão do Senado fosse tocada apenas pela oposição, muito interessada em derrubar o presidente, e pouco interessada na verdade. Como sabemos, foi assim que a Comissão foi criada e existe até hoje, com Aziz, Calheiros e Randolfe à frente. Kajuru não agiu para impedir esse desastre, e sua atitude rasteira de divulgar o áudio, apenas fez com que ele perdesse uma massa de apoiadores.
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