Preso pela PF, hacker explica como fraudar os votos nas urnas eletrônicas: O jovem hacker invadiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão que cuida das eleições

PF prende três em suposto esquema para fraudar urna eletrônica neste ano |  Distrito Federal | G1

O deputado Filipe Barros (PSL-RS), relator da PEC do Voto Impresso, divulgou na noite dessa sexta-feira (16/07) uma entrevista bastante reveladora que fez com ”VandaTheGod”, o codinome virtual do hacker Marcos Roberto Correia da Silva, de 24 anos.

Marcos foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Exploit, por ter invadido os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o órgão responsável por cuidar das eleições, e hoje presidido pelo também juiz do Supremo Luís Roberto Barroso. O hacker também é suspeito de invadir o Exército e o Senado. O hacker é considerado pela PF como o responsável pelo maior vazamento de dados da história do Brasil.

Feita a introdução, vamos à entrevista: os 17 minutos de diálogo entre ”VandaTheGod”, que continua preso, e Filipe Barros, podem ser resumidos ao trecho que todos queriam saber: o referente às urnas eletrônicas. Em certo momento, o deputado questiona: “Você conseguiria, com os recursos necessários, o tempo necessário, invadir o sistema eleitoral? Inclusive em relação a alteração de voto, a questão da apuração.”

”Quando eles vão contar o voto, ela já é sim ligada na internet, e se ele estiver em algum lugar, e alguém estiver nesta rede, ela consegue fazer a invasão, e aí consegue manipular a ação”, respondeu o hacker, de forma um pouco vaga, mas com grande pertinência. O que ele quis dizer foi o seguinte: não importa se as urnas eletrônicas estão desconectadas da internet na hora do voto, pois, para fazer a contagem, elas conectam-se à internet e a um sistema de transferência de dados. E qualquer um que adquiriu acesso a este sistema (de forma autorizada ou não), pode fraudá-lo. Simples assim!

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