Perguntado sobre mortes decorrentes da vacinação, Primeiro-Ministro Scott Morrison transfere responsabilidade a vacinados ao mesmo tempo em que seu governo trabalha para implementar passaporte sanitário
O Primeiro-Ministro da Austrália, Scott Morrison (foto), disse em entrevista coletiva, na quinta-feira (22), que pacientes que tomam a vacina são os responsáveis pela própria saúde, uma vez que todo tratamento médico é feito a partir de “consentimento informado.”
A fala do Primeiro-Ministro foi uma resposta à pergunta de um jornalista sobre duas pessoas que morreram após tomarem a vacina da AstraZeneca.
“Você ficaria preocupado se [a família] de uma dessas pessoas [que morreram após serem vacinadas] dissesse que não foram totalmente informadas sobre os sintomas [decorrentes da vacinação] a serem observados ?”
“Bem, nós somos responsáveis por nossa própria saúde. O processo de consentimento informado fornece a decisão ao indivíduo. Esse é o tipo de país em que vivemos. As pessoas tomam suas próprias decisões sobre sua própria saúde e seu próprio corpo”, disse Morrison.
“É por isso que não temos vacinação obrigatória em relação à população em geral aqui, porque as pessoas tomam suas próprias decisões e nós incentivamos as pessoas a tomar essas decisões.”
A fala do Primeiro-Ministro contraria os planos do seu próprio governo de implementar um passaporte de vacinação na Austrália. A liberdade de tomar decisões, portanto, é apenas retórica já que, na prática, quem não se vacinar, será considerado um cidadão de “segunda-classe” com direitos restringidos pelo estado.
A Austrália foi um dos diversos países que registraram protestos contra lockdown e passaporte de vacinação no sábado (24).