Diretor da Vitamedic diz que não vendeu Ivermectina ao governo

Em depoimento considerado inócuo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, nesta quarta-feira (11), o diretor executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista, disse que não vendeu nenhum comprimido de Ivermectina ao governo federal. A empresa, de Anápolis (GO), é uma das principais produtoras desse medicamento no país, que não comprovação científica no tratamento contra a covid-19.

Ainda sobre o produto – que compõe o chamado kit covid para tratamento precoce da doença, prescrito por alguns médicos – Batista disse que vendeu diretamente, ao estado de Mato Grosso, 350 mil unidades do remédio.

O executivo acrescentou que mais de 1 milhão de unidades de caixas com quatro comprimidos de ivermectina foram compradas da Vitamedic por prefeituras de municípios de pequeno e médio portes. Entre os exemplos de estados que adquiriram lotes do remédio estão Paraná, Goiás e Ceará. “Vários municípios [compraram] e alguns fizeram a aquisição direto conosco. Podemos fornecer a lista até amanhã”, disse.

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O diretor da Vitamedic disse aos senadores que patrocinou a veiculação de anúncios nos principais jornais de circulação do país. As peças publicitárias – divulgadas em 16 de fevereiro de 2021 – foram atribuídas ao grupo Médicos pela Vida e defendiam o uso de cloroquina, ivermectina, zinco e vitamina D – substâncias sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus. Nas peças, além de se manifestar favoravelmente “à intervenção precoce no tratamento da covid-19”, o grupo destaca que “outras notas e cartas assinadas por médicos e sociedades médicas se posicionando contra o tratamento precoce” não os representavam. Segundo Batista, a veiculação custou R$ 717 mil, e o conteúdo não teve interferência da farmacêutica.

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