Tão rentável quanto criminoso, o mercado clandestino de medicamentos abortivos se espalhou de forma assustadora por quase todas as redes sociais e aplicativos de conversas. Com facilidade para captar mulheres que buscam interromper a gravidez, bandidos criam grupos e fazem as transações de forma rápida.
Um deles mantém uma espécie de “controle de qualidade”, no qual as clientes são estimuladas a postar fotos dos fetos expelidos a fim de comprovar que a substância vendida funciona.
O esquema investigado pela Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais (DRCC) e pela Polícia Civil goiana aponta que um bando vendia medicamentos abortivos para quase todos os estados do país e em larga escala. Dezenas de mulheres que integravam a plataforma de conversa e trocavam informações chegaram a postar imagens antes, durante e após os abortos provocados pelos remédios.
O suspeito chegou a ser alvo de mandado de busca e apreensão cumprido em fevereiro deste ano, mas não foi preso. Os investigadores não revelaram a identidade dele alegando violação à Lei de Abuso de Autoridade.
metropole