“Todos precisam voltar atrás” em atritos de Bolsonaro com STF, diz Fábio Faria

O ministro das Comunicações Fábio Faria afirmou nesta segunda-feira (23) que todos os envolvidos nos recentes conflitos entre o presidente Jair Bolsonaro e o STF (Supremo Tribunal Federal) devem “voltar atrás”. Segundo Faria, é hora de ” todos recolherem as armas em nome do país”. O chefe do Executivo enviou ao Senado na 6ª feira (20.ago) o pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e afirmou, na mesma data, que entregará o do ministro Luís Roberto Barroso, que também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), nos “próximos dias”.

É o momento de todos recolherem as armas em nome do país, do projeto maior. Não só o presidente, todos precisam voltar atrás“, disse o ministro em entrevista a rádio 98 FM Natal.

Segundo Faria, o conflito entre o Executivo e o STF foi uma “reação” de diversas decisões da Corte. Entre elas, a prisão do ex-deputado federal e atual presidente do nacional do PTB, Roberto Jefferson, a busca e apreensão do ex-deputado e cantor Sérgio Reis, a proibição de monetização de site de direita e a inclusão de Jair Bolsonaro em inquérito por falas contra o processo eleitoral.

Isso fez com que os apoiadores do presidente cobrassem dele uma resposta. Acredito que foram ações e reações dos 2 lados“, afirmou Faria.

Sobre a discussão do voto impresso auditável, Faria afirmou que diz acreditar em um acordo entre o Congresso e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para uma maior checagem dos votos nas urnas eletrônicas nas eleições de 2022. A Câmara rejeitou a proposta no dia 10 de agosto depois de votação em plenário. O presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) afirmou depois da decisão da Casa que espera que o assunto “esteja definitivamente encerrado”. O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) disse que para ele o tema estava “resolvido” e que não cabe ao Senado “qualquer tipo de deliberação ou tramitação de matéria com o mesmo objetivo”.

Sobre sua candidatura ao Senado Federal em 2022, o ministro afirmou que é um “projeto pessoal“e um “caminho natural“, mas ainda diz querer conversar com o governo antes de tomar uma decisão. Disse que tem boa relação com os ministros do STF, TCU (Tribunal de Contas da União) e nos ministérios. “Isso é importante para viabilizar recurso aos estados“.

Afirmou, entretanto, que não disputará vaga no Senado com Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, e também político do Estado do Rio Grande do Norte.

Sobre a privatização dos Correios, Faria diz esperar que a votação do projeto de lei seja feita ainda em setembro no plenário do Senado.

Poder 360

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