Lula diz que aborto é questão de saúde pública e “um direito da mulher”

CURITIBA, PR, 26.04.2019: LULA-ENTREVISTA - O ex-presidente Lula concede entrevista exclusiva à Folha e ao jornal El País, na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o petista está preso, nesta sexta-feira. (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)

Durante uma entrevista ao podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre um dos temas mais polêmicos discutidos no mundo político, que é a morte de seres humanos em seu estágio mais frágil de desenvolvimento, no útero materno, o chamado aborto. Segundo o líder do Partido dos Trabalhadores (PT), essa é uma questão de “saúde pública”.

“Não tenho vergonha de dizer que eu, Lula, pai de 5 filhos, sou contra o aborto. Mas, enquanto chefe de Estado, tenho que tratar o assunto como saúde pública. Eu acho que o aborto é um direito da mulher. Não preciso ser favorável, mas tenho que cuidar para que todos sejam tratados dignamente pela saúde pública”, disse o ex-presidente.

Críticos do aborto, os chamados “pró-vida”, não enxergam o aborto como uma questão de saúde ou um simples direito de escolha, mas como algo de natureza biológica, ética e social. Biológica, porque alegam que mesmo em seu estágio mais inicial, a vida humana pode ser considerada existente, por definição, a partir da concepção.

Durante uma entrevista ao podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre um dos temas mais polêmicos discutidos no mundo político, que é a morte de seres humanos em seu estágio mais frágil de desenvolvimento, no útero materno, o chamado aborto. Segundo o líder do Partido dos Trabalhadores (PT), essa é uma questão de “saúde pública”.

“Não tenho vergonha de dizer que eu, Lula, pai de 5 filhos, sou contra o aborto. Mas, enquanto chefe de Estado, tenho que tratar o assunto como saúde pública. Eu acho que o aborto é um direito da mulher. Não preciso ser favorável, mas tenho que cuidar para que todos sejam tratados dignamente pela saúde pública”, disse o ex-presidente.

Críticos do aborto, os chamados “pró-vida”, não enxergam o aborto como uma questão de saúde ou um simples direito de escolha, mas como algo de natureza biológica, ética e social. Biológica, porque alegam que mesmo em seu estágio mais inicial, a vida humana pode ser considerada existente, por definição, a partir da concepção.

Ética, porque a discussão sobre a legalidade ou não do aborto envolve o reconhecimento da proteção à vida em todas as suas fases de existência, bem como o entendimento de que a vida intrauterina não é parte do corpo da mulher, mas sim a de um indivíduo em plena formação que depende de outro ser humano – nesse caso a mãe – para poder sobreviver.

E social, porque se a vida humana começa na fecundação e os bebês formados no útero são indivíduos, a morte prematura deles de forma intencional, e não especificada na legislação, pode ser considerada um crime, motivo pelo qual no Brasil a prática do aborto é proibida, salvo nos casos de estupro, risco de vida para a mãe ou diagnóstico de acefalia.

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