Novo Bolsa Família será de R$ 300 e começa em novembro, diz secretário do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia

O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, afirmou hoje que o Auxílio Brasil, novo programa social que vai substituir o auxílio emergencial e o Bolsa Família, vai ser de R$ 300. Isso representa um aumento de R$ 111 em relação ao que é pago atualmente pelo Bolsa Família.

Ele explicou que o Auxílio Brasil vai entrar em vigor em novembro porque esse tipo de programa não pode ser implantado em ano eleitoral. Funchal acrescentou que para poder financiar os pagamentos deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou ontem um decreto que eleva a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários).

As informações foram dadas por Funchal em um evento que aconteceu na manhã de hoje e foi organizado pela Fucape Business School.

O secretário ainda defendeu a importância de aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios, que foi enviada pelo governo federal e está em discussão no Congresso. Segundo ele, essa é a única forma de viabilizar o Auxílio Brasil nos próximos anos sem comprometer o Teto de Gastos.

“O mais importante é que isso [PEC] avance de forma célere para que a gente consiga refazer o Orçamento e aí sim as políticas públicas. É uma demanda da sociedade e da classe política discutir um novo programa”, afirmou.

Os precatórios, ou seja, a parte do orçamento federal comprometida com o pagamento de dívidas advindas de decisões judiciais, estão no centro do debate político nas últimas semanas. Neste ano, este valor aumentou, o que pode comprometer o pagamento de programas sociais, especialmente do Auxílio Brasil.

Bruno Funchal disse que está confiante que a PEC vai ser aprovada no Congresso, mesmo com os tensionamentos entre Poderes que atingiram seu ápice no último dia 7 de setembro, quando Bolsonaro participou de atos antidemocráticos e fez ameaças golpistas.

“Acho que está muito claro para todos que é um problema e qual a consequência se não resolver o problema”, falou o secretário.

UOL

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