Vítima de ‘ilações e mentiras’ Guedes vai, voluntariamente, enviar esclarecimentos sobre offshore: ‘Factóide’

A defesa do ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta terça-feira, 5, que, de forma voluntária, vai protocolar petição à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal prestando esclarecimentos sobre a sua offshore.

Segundo a defesa de Guedes, as informações mostrarão “de forma definitiva que o ministro jamais atuou ou se posicionou de forma a colidir interesses públicos com privados”. Os advogados ressaltaram que o investimento é “legal e declarado” e afirmaram que o cliente é vítima de “ilações e mentiras” que têm o “único objetivo de criar um factóide político”.

“Com relação a empresa Dreadnoughts, os documentos que serão protocolados deixam claro que o ministro desde dezembro de 2018 se afastou da sua gestão, não tendo qualquer participação ou interferência nas decisões de investimento da companhia”, afirma a nota.

No domingo, um consórcio internacional de jornalistas publicou o nome de várias autoridades que têm ou tinham offshores. No Brasil, foram citados Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que já teria fechado sua empresa.

Offshores são empresas que ficam em países com baixa ou inexistente tributação, os chamados paraísos fiscais. Ter uma offshore não é crime. No Brasil, o Código de Conduta da Alta Administração Federal veda que funcionários do alto escalão mantenham aplicações financeiras que possam ser afetadas por políticas governamentais.

“Da mesma forma, os documentos demonstram que não houve qualquer remessa ou retirada de valores para o exterior da companhia mencionada, desde quando Paulo Guedes assumiu o cargo de ministro da Economia, sendo certo que este jamais se beneficiou no âmbito privado de qualquer política econômica brasileira”.

A defesa do ministro afirma que “para espancar qualquer dúvida sobre a atuação legal e ética em sua vida pública e privada, Paulo Guedes juntará todas as informações necessárias para demonstrar a licitude e a conformidade de suas atividades com o Código de Conduta da Administração Federal e da Lei de Conflitos de Interesses”.

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