Brasil deve ter mais de 350 milhões de doses contra covid-19 em 2022, afirma Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participa de Cerimônia de Liberação de Recursos para Atenção Primária à Saúde no Enfrentamento da Covid-19

Em entrevista coletiva realizada no início da noite desta sexta-feira, 8, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, forneceu mais detalhes sobre o planejamento da pasta para o programa de imunização contra a covid-19 em 2022.

Segundo as projeções do governo federal, o Brasil deve contar com mais de 350 milhões de doses de imunizantes para aplicação no ano que vem. Como noticiamos, o foco do ministério serão as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca — a CoronaVac deve ficar fora do programa.

“Quero assegurar que estamos ainda mais fortes para no ano de 2022, para fazer uma campanha mais bem consolidada ainda, porque o nosso preparo em 2021 nos conferiu experiência e capacidade do país para produzir vacinas com IFA [ingrediente farmacêutico ativo] nacional”, afirmou Queiroga. “Já temos adquiridos ou em tratativas avançadas 354 milhões de vacinas”, completou.

Indagado sobre o motivo pelo qual a CoronaVac deve ser excluída do plano de imunização, o ministro da Saúde disse que a prioridade será dada a vacinas que já obtiveram registro para uso definitivo no país na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que não é o caso da vacina chinesa.

“O Brasil avaliou duas vacinas que têm o registro definitivo na Anvisa: a Cominarty [Pfizer] e a da Astrazeneca, e essas duas vacinas são muito efetivas”, explicou Queiroga, corroborando a posição já divulgada ontem pela pasta.

Mais cedo, como informou Oeste, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o Estado, se necessário, comprará as doses da CoronaVac para vacinar sua população.

Como havíamos noticiado na quinta-feira 7, a orientação do Ministério da Saúde deve ser para que os brasileiros de 18 a 60 anos desta vez tomem apenas uma dose do imunizante — a chamada dose de reforço. A aplicação de duas doses seria reservada a idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos, que teriam de ser vacinados a cada seis meses.

r. oeste

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