Sem nunca ter escrito um livro na vida, Fernanda Montenegro será imortal da Academia Brasileira de Letras

A atriz Fernanda Montenegro em 2019

A atriz Fernanda Montenegro será a ocupante da cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras. De acordo com apuração do jornal O Estado de S. Paulo, ela foi a única a se candidatar à vaga. A Academia interpretou a falta de concorrentes como uma homenagem à atriz. O anúncio oficial será feito em 4 de novembro.

Anteriormente a cadeira 17 era ocupada por Afonso Arinos Filho, escritor que morreu em março de 2020 aos 89 anos. O patrono da cadeira foi Hipólito da Costa (1774-1823). Cinco pessoas ocuparam o assento antes de Arinos Filho. Há outras três cadeiras vagas na Academia: 12, 20 e 39, que serão preenchidas em eleições no dia 4 de novembro. Como candidata única, Fernanda já é ocupante da cadeira, mesmo sem o anúncio oficial. Ela deve tomar posse em março de 2022, após o recesso de fim de ano da Academia.

Maior atriz viva no Brasil, Fernanda Montenegro, 91, começou sua carreira no teatro em 1950. Foi a primeira atriz contratada da TV Tupi, primeiro canal de televisão do país, e já participou de 53 produções televisivas, entre novelas, minisséries e especiais. No cinema, participou de 54 filmes. O mais conhecido deles é “Central do Brasil”, de 1998, pelo qual concorreu ao Oscar de Melhor Atriz, perdendo para Gwyneth Paltrow (“Shakespeare Apaixonado”).

A Academia Brasileira de Letras foi fundada em 1897 e seu primeiro presidente foi o escritor Machado de Assis. A instituição, que conta com 40 cadeiras, tem como objetivo pesquisar, divulgar e zelar pela literatura brasileira e pela língua portuguesa.

Últimas Notícias