Bolsonaro diz que pode procurar outros partidos: ‘Tenho limite’

Para se filiar ao PL, Bolsonaro quer que legenda apoie a candidatura de Tarcísio de Freitas a governador de São Paulo

Após o adiamento da filiação ao Partido Liberal (PL), Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira (15), que a decisão de ir para a legenda está “99% acertada”. Porém, o presidente da República informou que ainda conversa com outros partidos. “Tenho um limite”, afirmou.

Bolsonaro aguarda o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, retirar o apoio do partido à candidatura de Rodrigo Garcia ao governo de São Paulo. O chefe do Executivo federal negou ter tido algum desentendimento com o representante do partido.

“Eu não sei como é que divulga que eu teria trocado ofensas com o Valdemar Costa. Eu nem conversei com o Valdemar por telefone”, disse Bolsonaro em Dubai, onde participa da Expo 2021. Segundo o mandatário, houve, entretanto, uma troca de mensagens pelas redes sociais, quando ficou decidido adiar a filiação até que o PL desvincule o apoio a Garcia, vice de João Dória, um dos principais oponentes políticos de Bolsonaro nas eleições de 2022.

Para Bolsonaro, a candidatura ao governo paulista é vital, mas Valdemar “ainda não conseguiu a garantia de outro lado de que ele possa desfazer o acordo que fez no passado”. O presidente quer que o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, saia como candidato ao Palácio dos Bandeirantes, ainda que ele não seja paulista. “Eu tenho um sentimento de que, se ele vier candidato, tem tudo pra levar. Pode falar que pessoa não é paulista, não é? Eu também fui eleito pelo Rio sem ser carioca.”

O acerto anterior era que Tarcísio iria concorrer ao cargo de senador por Goiás, mas que Bolsonaro ficaria livre para apoiar outro candidato ao governo de São Paulo, que não Garcia. Diante do impasse, a decisão foi adiar a filiação. “Não adianta a gente começar um casamento com coisas pendentes, tá?”, disse o mandatário.

Questionado sobre manter o diálogo com outros partidos até que o impasse seja sanado, o presidente admitiu que continua conversando com o Progressistas (PP). “O PP ainda me quer lá. Depois que apareceu essa notícia falsa de troca de farpas entre o Valdemar, conversei com o Ciro [Nogueira], com o Fábio Faria, com o Rogério Marinho, pessoas que estão lá no Brasil ajudando a conduzir.”

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