Bilionários expandem sua fatia na riqueza global durante a pandemia

Essa porção cresceu US$ 3,5 trilhões no ano passado

Durante a pandemia de covid-19, os bilionários aumentaram a fatia que eles detêm da riqueza global das famílias. A porção deles saltou de pouco mais de 2% em 2020 para 3,5% em 2021. Seus patrimônios somados cresceram US$ 3,5 trilhões ao longo do ano passado. Os números aparecem no Relatório da Desigualdade Mundial, divulgado nesta terça-feira, 17.

“A crise da covid exacerba as desigualdades entre os muito ricos e o restante da população”, disse o autor principal, Lucas Chancel. “Entretanto, nos países ricos, a intervenção governamental evitou um aumento maciço da pobreza, o que não aconteceu nos países pobres.”

O estudo que mostra a distribuição da riqueza global conta com 100 pesquisadores ao redor do mundo. Junto com Chancel, os especialistas em desigualdade Emmanuel Saez e Gabriel Zucman, ambos da Universidade da Califórnia, em Berkeley, bem como Thomas Piketty, da Escola de Economia de Paris, coordenaram a publicação.-

Além disso, o prefácio foi escrito por Abhijit Banerjee e Esther Duflo. Os economistas radicados nos Estados Unidos integram o trio que recebeu um Premio Nobel por seu trabalho sobre a pobreza em 2019.

O grupo acredita que há uma “concentração extrema de poder econômico nas mãos de uma minoria muito pequena de super-ricos”. “Como a riqueza é uma grande fonte de ganhos econômicos futuros e, cada vez mais, de poder e influência, isto é um presságio para aumentos adicionais da desigualdade”, escreveram.

As conclusões do estudo sobre distribuição da riqueza global durante a pandemia confirmam uma série de pesquisas existentes, “listas de ricos” e outros indícios que apontam do mesmo modo para um aumento das desigualdades em questões de saúde, sociais, de gênero e de raça durante a pandemia.

R OESTE

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