Ignorar que vacinados transmitem coronavírus é um erro, informa The Lancet

Ao adotarem medidas contra a covid-19, governantes têm de ter em mente que vacinados transmitem coronavírus. A constatação está em um artigo publicado pela revista científica The Lancet, em novembro deste ano.

Segundo a pesquisa, esperava-se que as altas taxas de vacinação reduzissem a transmissão do patógeno — dessa forma, diminuindo o número de fontes possíveis de transmissão, além do potencial da doença.

Dados do levantamento, entretanto, indicam que o número de indivíduos vacinados com covid-19 está aumentando, apesar de vários países ultrapassarem 50% da população totalmente “imunizada”.

Casos

No Reino Unido, por exemplo, o artigo mostrou que a taxa de vacinados que contraíram o coronavírus em casa (25%) ultrapassou à dos que não se vacinaram e que também estavam dentro de suas residências (23%).

Na Alemanha, a taxa de casos sintomáticos da covid-19 entre os totalmente vacinados (“infecções invasivas”) é relatada semanalmente desde 21 de julho de 2021, e era de 16,9% na época entre pacientes com 60 anos ou mais.

“Essa proporção está aumentando e já era de 58,9% em 27 de outubro de 2021, fornecendo evidências claras da crescente relevância dos totalmente vacinados como possível fonte de transmissão”, ressaltou a The Lancet.

Advertência sobre se vacinados transmitem coronavírus

O artigo da Lancet advertiu: “Muitos tomadores de decisão assumem que os vacinados podem ser excluídos como fonte de transmissão. Parece ser uma negligência grosseira ignorar a população vacinada como uma possível e relevante fonte de transmissão ao decidir sobre medidas de controle de saúde pública.”

Passaporte da vacina

O artigo da revista The Lancet foi publicado em meio à discussão de vários países sobre o passaporte da vacina. A exigência de um comprovante de vacinação pressupõe que vacinados estão imunes ao novo coronavírus, o que vai na contramão do que mostra o artigo.

R OESTE

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