Em consulta pública, maioria foi contrária à exigência de prescrição médica para vacinação de crianças contra a Covid-19

A secretária-extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da SaúdeRosana Leite de Melo, afirmou, nesta terça-feira, 4, que a maioria dos participantes da consulta pública realizada para que a sociedade se manifestasse sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 contra a doença foi contrária à exigência de prescrição médica para a imunização do público infantil. De acordo com a servidora, pouco mais de 99,3 mil pessoas foram ouvidas. A maioria também foi contrária à compulsoriedade da vacinação.

“Tivemos 99.309 pessoas que participaram nesse curto intervalo de tempo, cujo documento esteve para consulta pública. A maioria se mostrou concordante com a não compulsoriedade da vacinação e a priorização das crianças com comorbidades. A maioria foi contrária à obrigatoriedade de prescrição médica no ato de vacinação. Teremos, hoje, a penúltima etapa deste processo, que serão as apresentações deste grupo seleto [de especialistas]. Amanhã, materializaremos um documento com as diretrizes que serão adotadas sobre o tema”, disse Rosana Leite de Melo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos no dia 16 de dezembro, mas o governo Bolsonaro resistiu a dar início à campanha de vacinação do público infantil. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em sua live semanal, que divulgaria o nome dos técnicos do órgão responsável pela decisão. “Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de cinco anos, queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento quem são essas pessoas e obviamente forme seu juízo”, disse. O chefe do Executivo federal também defendia a obrigatoriedade de prescrição médica para imunizar as crianças.

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