Venezuela: oposição vence eleição em estado onde nasceu Chávez após 2 décadas

Sergio Garrido venceu em Barinas, reduto governista comandado havia 22 anos pela família Chávez. Pleito de novembro foi cancelado quando outro candidato da oposição estava à frente.

A oposição venezuelana venceu (de novo) a eleição para governador em Barinas, estado onde nasceu o ex-presidente Hugo Chávez, em uma dura derrota do partido governista em um reduto histórico do chavismo.

Sergio Garrido teve 55,4% dos votos e superou o ex-chanceler Jorge Arreaza, candidato governista que substituiu um irmão de Chávez e era apoiado pelo presidente Nicolás Maduro.

A família Chávez governava Barinas, que fica nas planícies do oeste da Venezuela, havia 22 anos.
“Barinas aceitou o desafio democraticamente, e hoje conseguimos ser o estado icônico de toda a Venezuela”, afirmou Garrido após o pleito de domingo (9). “O triunfo é para Barinas e toda a Venezuela”.

“Bela Barinas. Onde tudo começou, termina”, escreveu o líder da oposição Juan Guaidó, referindo-se ao berço do Chavismo. “Unidos defenderemos a vontade de uma maioria poderosa que não se renderá até que vejamos a democracia novamente na Venezuela”.

A eleição teve de ser refeita após a Justiça cancelar o pleito de novembro, quando um outro candidato da oposição, Freddy Superlano, estava à frente na contagem de votos e foi desqualificado retroativamente.

O Supremo Tribunal venezuelano, controlado pelo governo, ordenou que a eleição fosse refeita após acatar um pedido de agosto do controlador-geral, que dizia que Superlano estava sob investigação administrativa e, por isso, estava impedido de concorrer.

Superlano estava à frente de Argenis Chávez, irmão do falecido ex-presidente e governador em exercício de Barinas, por menos de um ponto percentual na eleição de novembro, quando foi desqualificado.

Com a nova disputa, o candidato governista passou a ser o ex-chanceler Jorge Arreaza. A oposição escolheu a esposa de Superlano como candidata, mas ela também foi desclassificada. Seu substituto também. E mesmo assim a oposição venceu.

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