Foram exportados aproximadamente US$ 9 bilhões em janeiro, número quase 60% maior que o mesmo mês de 2021
As exportações do agronegócio no Brasil atingiram recorde em janeiro de 2022 e chegaram a quase US$ 9 bilhões (mais de R$ 46 bilhões). O número representa alta de aproximadamente 60% frente ao mesmo mês de 2021, quando foram registrados cerca de US$ 5,5 bilhões. Os dados são do Ministério da Agricultura e foram divulgados neste sábado pelo site Poder 360.
O agronegócio representou 45% das exportações totais brasileiras. A alta foi puxada pelo aumento dos preços dos produtos e do volume embarcado. O recorde foi registrado nas exportações de soja (grãos, farelo e óleo), carne bovina, de frango e suína, tabaco e trigo. O setor cafeeiro registrou mais de US$ 700 milhões em vendas externas (aumento superior a 40%).
A China foi o destino de quase 25% das exportações do agronegócio brasileiro em janeiro. Foram mais de US$ 2 bilhões — 80% de toda a soja em grãos exportada pelo Brasil teve como destino o país asiático. Em seguida vieram América do Norte (mais de US$ 800 milhões) e Oriente Médio (US$ 700 milhões).-
O Brasil fechou 2021 com recorde da balança comercial do agronegócio. Foram mais de US$ 105 bilhões, alta de quase 20% ante 2020.
O país que alimenta o mundo
De importador de alimentos na década de 1970, o Brasil passou a ser um dos maiores exportadores de produtos agrícolas. Projeções feitas por Elisio Contini e Adalberto Aragão, pesquisadores da Embrapa, atestam que o país alimentou, só com grãos, cerca de 800 milhões de terráqueos em 2020 — quase 10% da população mundial. Somente em grãos, foram 31 quilos de comida por habitante da Terra.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os frangos existentes no país somaram 1,5 bilhão de cabeças em 2020. Em segundo lugar aparecem os 220 milhões de bovinos. O terceiro lugar fica com os mais de 40 milhões de suínos.
Essa trinca gerou 30 milhões de toneladas de carnes, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Caso fosse consumido exclusivamente em hambúrgueres, esse colosso abasteceria 500 bilhões de sanduíches — 65 por habitante no planeta. O Brasil também é o maior fornecedor mundial de açúcar, soja, café e suco de laranja.
