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Quem é Javier Milei, o novo Bolsonaro ultraliberal favorito para presidir a Argentina

O candidato da extrema direita Javier Milei, de 52 anos, é o favorito para vencer a eleição presidencial na Argentina neste domingo (19/11), segundo apontam as pesquisas de opinião. Para o segundo turno, ele recebeu os apoios do ex-presidente da direita tradicional Mauricio Macri e da terceira colocada no primeiro turno e sua ex-adversária, Patricia Bullrich.

Milei venceu as primárias e era tido como favorito, mas havia ficado em segundo lugar no primeiro turno, atrás do atual ministro da Economia, o peronista Sergio Massa.

Nascido em Buenos Aires e formado em economia pela Universidade de Belgrano, o autodeclarado “anarcocapitalista” pertence à coalizão política Liberdade Avança. O grupo, liderado pelo próprio Milei, defende tendências conservadoras em temáticas sociais e postura ultraliberal em assuntos econômicos.

Entre suas propostas, está a ideia de fechar o Banco Central argentino – para essa ação, ele usa o termo “dinamitar”.

Esse é somente um dos pontos principais do programa anunciado por ele. Ainda há a dolarização da economia. Em entrevista ao jornal El País, ele elogiou o Equador por ter feito isso. “Os equatorianos são muito melhores do que os argentinos. Os números do Equador impressionam. A renda multiplicou por 10, e a inflação foi pulverizada”, avaliou.

Milei aponta que uma redução drástica nos gastos públicos é essencial. Nesse sentido, entram em pauta propostas como o fim de programas sociais e a redução no número de ministérios para oito (atualmente são 18).

O “anarcocapitalismo”, ferrenhamente defendido por Milei, constitui uma das facetas da política libertária. Essa ideologia prega a soberania do indivíduo frente ao Estado, por meio da propriedade privada e do livre mercado. Os libertários, em geral, rejeitam quaisquer formas de autoritarismo na organização da sociedade e na vida individual.