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STF forma maioria para livrar Gleisi Hoffmann em caso de corrupção

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria dos votos para rejeitar uma acusação na Lava Jato contra a deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann (PR), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Outros denunciados na mesma ação também devem ser inocentados; o ex-ministro Paulo Bernardo Silva e os empresários Marcelo Odebrecht e Leones Dall’agnol.

Os ministros julgam a denúncia em sessão virtual que começou na sexta-feira (10) e termina nesta segunda-feira (20). Nesse formato, não há debate, e os votos são apresentados em um sistema eletrônico. Durante a votação, é possível pedir vista ou destaque, o que pode mudar o resultado do julgamento.

A denúncia foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril de 2018, com base nas delações premiadas de executivos da construtora Odebrecht, incluindo o executivo Marcelo Bahia Odebrecht.

Gleisi foi acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por supostamente ter recebido R$ 3 milhões em propina da construtora para cobrir despesas de campanha quando concorreu ao governo do Paraná, em 2014.

O relator do caso, ministro Edson Fachin, votou pela rejeição da denúncia, alegando que a acusação não trouxe provas suficientes para confirmar a denúncia. O magistrado afirmou que a PGR não comprovou que Gleisi tivesse agido de forma dissimulada para ocultar a suposta origem ilícita do dinheiro recebido, nem que houvesse ligação entre a propina e o favorecimento à empresa.

Acompanham o relator dos caso, os ministros André Mendonça, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido a julgar o caso.