O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) disse que abertura do processo disciplinar contra a Enel na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) desta 2ª feira (1º.abr.2024) é “acertada, porém demorada”.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a medida diante da série de apagões ocorridos em São Paulo. O parecer da agência reguladora deve demorar 20 dias e pode culminar no fim da concessão da empresa.
Silveira disse que a empresa italiana, que assumiu as operações da antiga Eletropaulo em 2018, mostra de forma reiterada que é despreparada para prestar serviço à população.
O prefeito paulistano declarou que a Enel “não tem condições de continuar” e que o ministro “acerta, atrasado, porque eu estou avisando, os outros prefeitos estão avisando, governador está avisando”, declarou.
A Enel acumula multas que passam de R$ 300 milhões pelo apagão de novembro de 2023 na região metropolitana de São Paulo. Estima-se que cerca de 2,1 milhões de pessoas tenham ficado sem luz.
“Deve caminhar agora para a Aneel enfim, tomar um posicionamento. Sobre o risco do presidente e dos diretores responderem civil e criminalmente por serem omissos com relação ao caso da Enel”, afirmou.
Cenário desalentador
Nunes disse que a rede elétrica do município precisa de investimentos, algo que a Enel “não tem condições de tocar esse processo”.
O prefeito de São Paulo disse ter se reunido com o presidente do sindicato do eletricitários, que avaliaram que a situação do serviço da cidade é “mais forte do que eu já tinha”.
“Se não houver investimentos, a gente vai ter um colapso no mínimo em 3 anos”, declarou.
Fonte: Poder360