A defesa do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse que “não há nada ilegal” na sua eleição e que as ações que o acusam de abuso de poder econômico no pleito usaram valores “inflados” para os gastos usados durante sua pré-campanha.
“Nada há de ilegal, o senador Moro não se elegeu por conta de uma pré-campanha. Ele se elegeu porque o paranaense assim queria elegê-lo por conta de todo histórico de combate a corrupção e assim foi feito”, disse o advogado Gustavo Guedes.
Não houve caixa 2, ilegalidade, então se cria uma tese bem criativa de abuso na pré-campanha
Gustavo Guedes
A afirmação foi feita nesta segunda-feira (1), no começo do julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) das ações que pedem a cassação do senador.
O relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, votou para rejeitar a cassação e absolver Moro. Na sequência, o desembargador José Rodrigo Sade pediu vista. O julgamento será retomado na quarta-feira (3).
As ações em análise foram movidas pelo PL e pela federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PCdoB e PV.
As siglas acusam o ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça de ter desequilibrado a disputa ao Senado no Paraná por gastos que consideram excessivos durante a pré-campanha.
Desde o final de 2021, Moro esteve em pré-campanha à presidência da República. Depois, tentou ainda disputar o Senado por São Paulo, antes de concorrer em seu estado de origem.