O ex-deputado Deltan Dallagnol, em vídeo exclusivo para o Pleno.News, nesta quarta-feira (9), comentou as polêmicas declarações do presidente Lula (PT) sobre a figura do político corrupto – um vídeo antigo, ressuscitado pelas redes sociais, inclusive compartilhado, nesta terça-feira (8), pelo próprio Deltan, em seu perfil no Instagram.
– (…) Muita gente achava que eu jamais ia voltar porque o político quando rouba, ele submerge. Quando ele faz qualquer bobagem que sai uma denúncia, ele já se esconde e fica escondido. Eu, em vez de me esconder, fui pra cima dos acusadores – declarou Lula durante encontro com sindicalistas, no Palácio do Planalto, em 2023.
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AO PLENO.NEWS, DELTAN COMENTA DISCURSO DO PETISTA
O ex-procurador da Lava Jato afirmou que não há que se falar em gafe de Lula, mas uma “recordação” de suas práticas criminosas, que o levaram à prisão.
– Poderia ser considerada uma gafe, mas é, para mim, uma recordação de todas as acusações feitas pela [Operação] Lava Jato. De todas as provas, as condenações, as três instâncias, por mais de uma dezena de julgadores, e da impunidade que, depois, o STF lhe garantiu.
Dallagnol enfatizou que as palavras proferidas pelo petista são, para ele, “deboche” de quem goza da certeza da impunidade.
– Quando você olha as condenações anuladas pelo STF, Lula não tropeçou na língua, não. Ele mostrou a sua alma. E depois ele riu (…) porque ele sabe que pode. Porque ele está cercado por ministros do STF que anulam provas, por jornalistas que passam pano, por partidos que vendem o seu silêncio, a sua conivência, em troca de emenda, de dinheiro e de cargos. Você pode ver como gafe, mas olhando para a história, eu vejo como deboche.
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Em outro vídeo exclusivo ao Pleno.News, Deltan comentou o episódio da exoneração do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil). O deputado federal cassado lembrou que o agora ex-ministro de Lula é suspeito de corrupção há muito tempo e que, só agora, o caso evoluiu para uma denúncia formal da Procuradoria-Geral da República (PGR).
– Juscelino Filho permaneceu no governo mesmo depois de indiciado pela Polícia Federal, mas vamos ser francos: chamar essa decisão de mantê-lo no cargo de controversa, é uma palavra educada demais, sutil demais, gentil demais. O que a gente está vendo é a institucionalização da promiscuidade no poder e da impunidade no meio desse desgoverno – disse.
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