O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (9), ser “saudável” a saída de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações e sinalizou o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes (MA), como sucessor.

Lula está em Honduras para a 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O petista afirmou que, ao retornar ao Brasil, terá reuniões com o partido de Pedro Lucas e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e, se for o caso, já discutir a nomeação do deputado para ministro.

“O União Brasil tem o direito de me indicar um sucessor para o Juscelino, que é do União Brasil. Eu já tenho o nome, eu conheço o Pedro Lucas. Eu vou voltar para o Brasil, e amanhã de manhã vou conversar com o União Brasil, e se for o caso já discuto a nomeação dele”, afirmou.

A informação do aval de Lula para o nome do Pedro foi antecipada pela CNN na terça-feira (8). A escolha teve o apoio da cúpula do partido e de lideranças que estiveram em um almoço com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, na casa do presidente do União Brasil, Antônio Rueda.

Pedro Lucas se aproximou do presidente Lula em viagem recente dos presidentes do Legislativo e líderes convidados à Ásia.

Juscelino Filho pediu demissão na terça-feira (8) após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por desvio de emendas parlamentares.

Ele é acusado de corrupção passiva; lavagem de dinheiro; organização criminosa; falsidade ideológica; fraude a licitação e violação de sigilo em licitação. Se aceita a denúncia, Juscelino será julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Toda vez que o ministro é denunciado pelo Procurador-Geral, é uma política saudável que ele se afaste do governo para poder provar a sua inocência e não comprometer o dia a dia do governo. O dia a dia de governo é de muito trabalho, é de muita coisa prática. O nosso ministro Juscelino é deputado federal, ele simplesmente acredita que vai provar a inocência dele e é tudo isso que eu quero”, afirmou Lula.

O presidente disse ainda que a saída de Juscelino “não está dentro do processo de mudanças” que ele deseja fazer no governo, e que essas alterações não têm prazo para serem efetivadas.

Segundo ele, qualquer decisão sobre mudanças no governo é “unilateral do presidente da República”, e uma reforma ministerial será feita “na hora que eu achar que tiver que fazer as coisas”.

CNN Brasil

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