As autoridades de imigração dos Estados Unidos começaram a considerar atividades antissemitas nas redes sociais e assédio físico a judeus como motivos para negar pedidos de benefícios migratórios. A informação foi divulgada, nesta quarta-feira (9), pelo Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS).

A agência, que faz parte do Departamento de Segurança Interna (DHS), explicou, em um comunicado, que a atividade antissemita impactará de imediato e de forma negativa os imigrantes que solicitam residência permanente, conhecida como green cards, estudantes estrangeiros e pessoas afiliadas a instituições educacionais vinculadas a atividades antissemitas.

– Não há lugar nos Estados Unidos para simpatizantes do terrorismo do resto do mundo, e não temos obrigação de admiti-los ou permitir que permaneçam aqui – disse no comunicado Tricia McLaughlin, subsecretária de Assuntos Públicos do DHS.

A decisão de monitorar as mídias sociais de estrangeiros é uma resposta às ordens executivas assinadas pelo presidente Donald Trump contra o antissemitismo. A equipe do USCIS começou a implementar a nova orientação nesta quarta-feira.

McLaughlin enfatizou que a secretária do DHS, Kristi Noem, “deixou claro que qualquer um que pense que pode vir aos Estados Unidos e usar a Primeira Emenda como escudo para promover a violência antissemita e o terrorismo deve repensar”.

– Eles não são bem-vindos aqui – ressaltou.

A decisão do DHS de negar benefícios migratórios a estrangeiros ligados a atos antissemitas segue as recomendações do Departamento de Estado americano. Até o final de março, os Estados Unidos revogaram mais de 300 vistos para estrangeiros acusados ​​de terem ligações com grupos terroristas, incluindo estudantes pró-Palestina.

O secretário de Estado, Marco Rubio, disse a repórteres que seu departamento vem retirando vistos diariamente.

– Espero que acabemos com eles em algum momento, porque já estamos eliminando todos eles, mas estamos constantemente procurando por esses lunáticos que estão causando estragos – declarou.

Os cancelamentos de vistos para estudantes internacionais se espalharam pelos campi universitários do país. Na semana passada, mais de três dúzias de estudantes e ex-alunos de universidades da Califórnia teriam sido afetados por essa política do secretário de Estado americano.

*Com informações da Agência EFE

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